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quarta-feira, 22 de novembro de 2017

Brazilian museums follow a global trend and place on the internet. - Museus brasileiros seguem tendência global e colocam acervo na internet.

National Archive, Ipiranga Museum and Immigration Museum are some of the pioneers of the initiative in Brazil.


Brazilian institutions such as the National Archives, the Ipiranga Museum, Matemateca and the Immigration Museum have been making part of their collections available on the Wikimedia Commons platform of Wikipedia. The material consists of images of paintings, documents, historical photographs, artifacts and other works. This process, made possible by volunteers from Wikipedia, follows the trend of foreign museums such as Metropolitan, MoMA, British Museum and Picasso Museum, but also concerns the search for transparency in Brazil.



"Since our office is closed for restoration, we seek the best way to provide our collection," said the state's teacher Solange Ferraz de Lima, director of the Museu Paulista (better known as Ipiranga Museum). "This initiative is in keeping with a desire of the direction of the museum, to make your more accessible collection, but also our educational goals and a UN recommendation to the museums, a commitment to the development of society," adds Solange.


"It is very important that the Brazilian population knows its history so that there is a sense of belonging," said Diego Barbosa, who heads the National Archives, a body under the Ministry of Justice and Public Security, which maintains public documents produced by the Federal Executive Branch and , until 1991, also by the Legislative and Judiciary. "The law on access to information provides for passive but also active transparency. The organs are required to disclose a series of data spontaneously. This documentation belongs to society, not to the State. The files were born to restrict access and are now undergoing this new phase of expanding access, "believes Barbosa.


"It's an incredible educational resource. You are looking at the document, the handwriting. This culture of sharing knowledge can establish a win-win relationship from all sides, "said João Alexandre Peschanski, who coordinates the initiative with the editors of Wikipedia and also provides access to the collection of images of USP museums such as Matemateca and Museum of Veterinary Anatomy.



The Glam Initiative (Wikipedia) has published articles from more than 100 institutions on all continents. In Brazil, more than 500 images and documents of the National Archives, such as the Lei Áurea, the Constitutions of the Country and the Institutional Acts of the military dictatorship, have been illustrated in the virtual encyclopaedia. "This completely changes the relationship of the citizen with the documentation," says the deputy director general of the organ, Diego Barbosa.

Among some of the more curious items are Santos Dumont's passport, an illustration of a solar eclipse recorded on September 7, 1858 by an astronomical commission instituted by d. Pedro II, a document censuring the novel Roque Santeiro and a statement of the Baron of Caxias closing the Farroupilha Revolution.

Nicolas Maia is one of the volunteer editors of Wikipedia and believes in the diffusion of culture as the main motivation: "It is excellent for both readers and institutions. What is the use of art and knowledge if they are far from the public? "

Peschanski, informs that the license with which the Glam works allows the remix of the works. "There is a rich universe of appropriation of this content. It is one thing to have a picture protected by economic and symbolic barriers, and another is to allow what is wanted with the work of art to be done within the limits of the law. "

In February, the Metropolitan of New York made available its digitized collection that was in the public domain, about 375,000 images. The Museu do Ipiranga yielded almost 200 paintings by Benedito Calixto, Tarsila do Amaral, Pedro Américo and others. The Château de Versailles in France; the Galileo Museum in Italy; the National Museum of New Delhi, India; the National Library of Israel; and the Museum of Popular Art in Mexico are some of those who have joined Glam. There have already been talks with Itaú Cultural and the Department of Historic Patrimony of the SP City Hall, according to Peschanski. But there is interest in expanding this role: "The more institutions, the better."

"We are in an age where digital platforms allow and demand this," reflects Professor Solange. "Making these images available calls the audience, arouses a curiosity, because nothing replaces the experience to see a large painting live," she says, remembering that the works are already on the internet, but now they will be in better quality and with metadata, the which prevents them from being decontextualized. "The tendency is for there to be more beneficial appropriations, which bring reflections, than misuse of these images," predicts the director.






Cultura não é o que entra pelos olhos e ouvidos,
mas o que modifica o jeito de olhar e ouvir. 

A cultura e o amor devem estar juntos.
Vamos compartilhar.

Culture is not what enters the eyes and ears, 
but what modifies the way of looking and hearing.




--br
Museus brasileiros seguem tendência global e colocam acervo na internet.

Arquivo Nacional, Museu do Ipiranga e Museu da Imigração são alguns dos pioneiros da iniciativa no Brasil.

Instituições brasileiras como o Arquivo Nacional, o Museu do Ipiranga, a Matemateca e o Museu da Imigração vêm tornando disponível parte de seus acervos na plataforma Wikimedia Commons, da Wikipédia. O material consiste em imagens de pinturas, documentos, fotografias históricas, artefatos e outras obras. Esse processo, viabilizado por voluntários da Wikipédia, segue a tendência de museus estrangeiros como Metropolitan, MoMA, British Museum e Museo Picasso, mas também diz respeito à busca por transparência no Brasil. 

“Desde que nossa sede está fechada para restauração, buscamos a melhor forma de disponibilizar nosso acervo”, afirma ao Estado a professora Solange Ferraz de Lima, diretora do Museu Paulista (mais conhecido como Museu do Ipiranga). “Essa iniciativa vem ao encontro de um desejo da direção do museu, de tornar seu acervo mais acessível, mas também de nossas metas educacionais e de uma recomendação da ONU para os museus, de um compromisso com o desenvolvimento da sociedade”, acrescenta Solange.

“É muito importante que a população brasileira conheça sua história para que haja um sentimento de pertencimento”, afirma Diego Barbosa, que dirige o Arquivo Nacional, órgão subordinado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, que mantém documentos públicos produzidos pelo Poder Executivo federal e, até 1991, também pelos Legislativo e Judiciário. “A lei de acesso à informação prevê uma transparência passiva, mas também ativa. Os órgãos têm obrigação de revelar uma série de dados espontaneamente. Essa documentação pertence à sociedade, não é do Estado. Os arquivos nasceram para restringir o acesso e agora estão passando por essa nova fase de ampliar o acesso”, acredita Barbosa.

“É um recurso educacional incrível. Você está vendo o documento, a caligrafia. Essa cultura de compartilhamento de conhecimento consegue estabelecer uma relação de vitória de todos os lados”, comemora João Alexandre Peschanski, que coordena a iniciativa com os editores da Wikipédia e viabiliza também o acesso ao acervo de imagens de museus da USP como a Matemateca e o Museu de Anatomia Veterinária. 

A iniciativa Glam (sigla em inglês para “Galerias, Bibliotecas, Arquivos e Museus”), da Wikipédia, já publicou itens de mais de 100 instituições em todos os continentes. No Brasil, passaram a ilustrar verbetes da enciclopédia virtual mais de 500 imagens e documentos do Arquivo Nacional, como a Lei Áurea, as Constituições do País e os Atos Institucionais da ditadura militar. “Isso muda completamente a relação do cidadão com a documentação”, diz o diretor-geral substituto do órgão, Diego Barbosa.

Entre alguns dos itens mais curiosos estão o passaporte de Santos Dumont, uma ilustração de um eclipse solar registrado em 7 de setembro de 1858 por uma comissão astronômica instituída por d. Pedro II, um documento censurando a novela Roque Santeiro e uma declaração do Barão de Caxias encerrando a Revolução Farroupilha.

Nicolas Maia é um dos editores voluntários da Wikipédia e acredita na difusão de cultura como principal motivação: “É excelente tanto para os leitores quanto para as instituições. De que adianta arte e conhecimento se estão longe do público?”.

Peschanski, informa que a licença com a qual o Glam trabalha permite o remix das obras. “Há um universo rico de apropriação desse conteúdo. Uma coisa é ter um quadro protegido por barreiras econômicas e simbólicas, e outra é permitir que se faça dentro do limite da lei o que se quiser com a obra de arte.” 

Em fevereiro, o Metropolitan, de Nova York, tornou disponível sua coleção digitalizada que estava em domínio público, cerca de 375 mil imagens. O Museu do Ipiranga cedeu quase 200 pinturas de Benedito Calixto, Tarsila do Amaral, Pedro Américo e outros. O Château de Versailles, na França; o Museo Galileo, na Itália; o National Museum de Nova Délhi, na Índia; a National Library, de Israel; e o Museu de Arte Popular, do México são alguns dos que aderiram ao Glam. Já houve conversas com o Itaú Cultural e o Departamento do Patrimônio Histórico da Prefeitura de SP, segundo Peschanski. Mas existe o interesse de ampliar esse rol: “Quanto mais instituições, melhor”.

“Estamos numa era em que as plataformas digitais permitem e exigem isso”, reflete a professora Solange. “Disponibilizar essas imagens chama o público, desperta uma curiosidade, porque nada substitui a vivência olhar uma pintura de grandes dimensões ao vivo”, pondera ela, lembrando que as obras já estão na internet, mas agora estarão em melhor qualidade e com metadados, o que impede que sejam descontextualizadas. “A tendência é que haja mais apropriações benéficas, que tragam reflexões, do que mau uso dessas imagens”, prevê a diretora. 

"A indústria cultural tem dificuldade de absorver, mas há uma tendência de se disponibilizar os acervos digitalmente”, avalia Peschanski. “A questão que se coloca no Brasil é a escassez de acervos digitalizados, pois o processo envolve custos. No mundo desenvolvido, até coleções privadas estão sendo liberadas. Ainda estamos atrasados, mas as instituições públicas passam por uma discussão ampla de transparência”, conclui.

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