Ação ordenou bloqueio de app de mensagens criptografadas dos servidores na Rússia. Desde segunda (16), principais redes móveis e provedores de internet do país passaram a bloquear os IPs do Telegram, que tenta manobras para manter o serviço. Uso de VPN pode ser única forma de garantir privacidade, dizem especialistas.
O órgão regulador da internet russa, Roskomnadzor, está apertando o cerco contra o aplicativo russo de mensagens instantâneas Telegram, que se recusa a fornecer dados sobre seus usuários. Na sexta-feira (13), o serviço foi bloqueado após ordem judicial. O Telegram voltou a funcionar no fim de semana, após migrar parte de sua estrutura para nuvens da Amazon e do Google – e, em resposta, a Roskomnadzor baniu 800 mil endereços IP da Amazon Web Services e mais de um milhão na nuvem do Google.
No entanto, os serviços em nuvem fornecidos pelo Google e Amazon são usados por outras pequenas empresas russas cujos sites e serviços pararam de funcionar.
Os 15 milhões de usuários russos do Telegram, segundo estimativa do próprio app, reagiram com descontentamento e raiva – em parte, devido à questão da privacidade, mas também com desconfiança quanto à preocupação do governo com segurança.
Diante da notícia, vários usuários se gabaram de usar VPN e servidores proxy, bem como TOR. Mas na segunda-feira (16), o diretor do Roskomnadzor, Aleksandr Jarov, disse ao jornal russo “Vêdomosti” que os servidores VPN também estão na lista de observação da agência, junto com as empresas que oferecem navegação anônima.
“Essa é uma batalha entre artilharia e armadura: descobrimos os IPs para os quais o serviço migra e os bloqueamos. Primeiro, ele usou cerca de 9.000 dos seus próprios endereços; nós os colocamos na lista de bloqueio”, disse ele. “Depois migrou para a Amazon (cerca de 600 mil IPs), eles também foram designados para bloqueio. Neste momento, o Telegram está em outro recurso com cerca de 540 mil endereços, que também estão prontos para bloqueio a qualquer momento”, acrescentou Jarov.
Diversos serviços associados aos IPs da Amazon e do Google estão enfrentando problemas devido à presença do Telegram. Isso pode forçar os gigantes on-line a pedir ao serviço russo que migre a outros endereços onde causará menos danos.
O fundador do Telegram, Pável Durov (que também está por trás da rede social russa VKontakte) reagiu à última decisão judicial com desdém – não comparecendo ao tribunal recentemente para discutir o assunto – e está confiante de que as VPNs são o caminho para o serviço. A empresa continua disponibilizando aos usuários pequenas atualizações para o funcionamento do app, mas milhões de russos já sentiram o cerco.
Em sua conta no VKontakte, Durov reafirmou na sexta-feira seu compromisso com as VPNs e instando os usuários a buscarem meios disponíveis para combater o bloqueio.
Paralelamente, grupos de direitos dos cidadãos alertam para “o fim da privacidade como a conhecemos”. Sarkis Darbinian, da Roskomsvoboda, organização que promove a liberdade de comunicação, enfatizou ao Currenttime TV que “é óbvio que as VPNs como meio de segurança estão se tornando indispensáveis não apenas para os nerds, mas para pessoas comuns, se quiserem se sentir livres quando conectadas”.
A estabilidade do serviço vem se deteriorando desde a decisão de 13 de abril, mas alguns usuários relatam que ainda conseguem trocar mensagens sem usar VPNs.
A maioria dos russos que usavam o serviço e não dominam o uso de proxies, VPNs ou TOR estão migrando para o WhatsApp, Viber, Skype e ICQ. Isso também inclui instituições governamentais.
O serviço de mensagens está na mira do governo russo há algum tempo. A primeira tentativa foi de registrá-lo como um distribuidor de informações, e, em meados do ano passado, a Roskomnadzor havia anunciado a possibilidade de bloqueio caso os gestores do aplicativo se recusassem a obedecer as exigências do órgão regulador.
Na época, Durov alegou que as exigências do Roskomnadzor eram contrárias à Constituição do país: “O diretor da Roskomnadzor disse que o Telegram tem que fornecer aos serviços especiais as chaves de descriptografia para que possam acessar as mensagens dos usuários e detectar terroristas. (...) Esta exigência é contrária ao artigo 23 da Constituição russa, que diz respeito ao sigilo de correspondência.”
O fundador do serviço lutou longa e duramente antes de ir a tribunal em dezembro passado, para combater a repressão, mas perdeu devido à alegação de que entregar as chaves de criptografia ao FSB aparentemente não contradiz o direito dos usuários.
A App Store e o Google Play presenciaram, nos últimos dias, um aumento expressivo no número de downloads de Telegram, WhatsApp e Viber. A Roskomnadzor já enviou um pedido à Apple e ao Google para excluir o app Telegram de suas lojas. Até o término desta reportagem, o serviço ainda estava disponível para usuários russos.
fonte: @edisonmariotti #edisonmariotti
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--in
Russia blocks Telegram and affects 1.8 million IPs from Google and Amazon.Action has ordered encrypted messaging app blocking of servers in Russia. Since Monday (16), the main mobile networks and Internet providers in the country have blocked the IPs of Telegram, which tries maneuvers to maintain the service. Using VPNs may be the only way to ensure privacy, experts say.Russian internet regulator Roskomnadzor is tightening its grip on the Russian instant messaging application Telegram, which refuses to provide data on its users. On Friday (13), the service was blocked after court order. Telegram went back over the weekend after migrating part of its cloud structure to Amazon and Google - and in response, Roskomnadzor banned 800,000 Amazon Web Services IP addresses and more than a million in the Google cloud.However, the cloud services provided by Google and Amazon are used by other small Russian companies whose sites and services have stopped working.Telegram's 15 million Russian users, according to the app's own estimate, reacted with discontent and anger - partly due to the privacy issue, but also with distrust of the government's concern for security.Faced with the news, several users bragged about using VPN and proxy servers as well as TOR. But on Monday, Roskomnadzor director Aleksandr Jarov told the Russian newspaper Vêdomosti that VPN servers are also on the watch list of the agency, along with companies offering anonymous browsing.
"This is a battle between artillery and armor: we discover the IPs to which the service migrates and block them. First, he used about 9,000 of his own addresses; we put them on the block list, "he said. "After migrating to Amazon (about 600 thousand IPs), they were also assigned to blockade. At the moment, the Telegram is in another resource with about 540 thousand addresses, which are also ready to block at any time, "added Jarov.Several services associated with Amazon and Google IPs are experiencing problems due to Telegram's presence. This could force online giants to ask the Russian service to migrate to other addresses where it will cause less damage.
Telegram's founder, Pável Durov (who is also behind the Russian social network VKontakte) reacted to the latest court decision with disdain - not appearing in court recently to discuss the matter - and is confident that VPNs are the way to the service . The company continues to provide users with small updates to the app's operation, but millions of Russians have already felt the siege.
In his VKontakte account, Durov on Friday reaffirmed his commitment to VPNs and urging users to seek available means to counter the block.
At the same time, citizens' rights groups warn of "the end of privacy as we know it". Sarkis Darbinian of Roskomsvoboda, an organization that promotes freedom of communication, emphasized to Currenttime TV that "it is obvious that VPNs as a means of security are becoming indispensable not only for nerds but for ordinary people if they want to feel free when connected ".
Service stability has been deteriorating since the April 13 decision, but some users report that they can still exchange messages without using VPNs.
Most Russians who use the service and do not dominate the use of proxies, VPNs or TORs are migrating to WhatsApp, Viber, Skype and ICQ. This also includes government institutions.
The message service has been in the Russian government's sights for some time. The first attempt was to register it as an information distributor, and by the middle of last year Roskomnadzor had announced the possibility of blocking if application managers refused to comply with the regulatory body's requirements.
At the time, Durov claimed that the Roskomnadzor's demands were contrary to the country's constitution: "The Roskomnadzor director said Telegram must provide special services with decryption keys so they can access users' messages and detect terrorists. (...) This requirement is contrary to Article 23 of the Russian Constitution, which concerns secrecy of correspondence. "The service's founder fought long and hard before going to court last December to combat repression but lost due to the claim that handing over the encryption keys to the FSB apparently does not contradict users' rights.The App Store and Google Play have witnessed a significant increase in the number of downloads from Telegram, WhatsApp and Viber in recent days. Roskomnadzor has already sent a request to Apple and Google to exclude the Telegram app from its stores. Until the end of this report, the service was still available to Russian users.
--ru
Россия блокирует Telegram и затрагивает 1,8 миллиона IP-адресов от Google и Amazon.
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