.in
The Mayan civilization dominated architecture and mathematics.
They knew astronomy. They had a writing system as efficient as those that existed in the same period in Europe.
The Mayan civilization, one of the most prominent pre-Columbian American cultures, left marks that denote its high degree of development. But when Europeans arrived on the American continent, little was left.
The mystery about the disappearance of this civilization gets yet another explanation in a study published by the journal Science. If many already believed that a strong drought would have been responsible for the decline of the Mayans, research carried out by scientists from the University of Cambridge and the University of Florida has shown the size of this drought.
According to geochemist Nicholas Evans, from the Department of Earth Sciences at the University of Cambridge, in an interview with BBC News Brazil, the research showed that the relative humidity decreased from 2 to 7% in the period. "Our results can now be used to better predict how these drought conditions may have affected agriculture, including the yields of staple Mayan crops such as maize."
Theories about the decline of the Mayans
The civilization peak of the Mayan people occurred between the years 250 and 950, a period called Classic. In 750, the total population is believed to have reached 13 million. From then on, however, there was a rapid and mysterious decline.
Several hypotheses have already been put forward and are swarming in history books. From disease outbreaks to problems arising from dependence on monoculture, through internal wars, invasion of some foreign people and climate change.
In recent years, the climate version has gained strength, mainly due to evidence found by scientists in the soil and bottom of Mexican lakes. "Other studies in the entire Mayan plains region also provide clues to the synchronicity of the drought, with only small temporal variations across the region. We cannot say whether this drought was experienced in other areas of the planet", emphasizes scientist Nicholas Evans.
This hypothesis has been put forward at least since 1994, when archaeologist Richardson Benedict Gill published the book The Great Maya Droughts. In the work, he claims that the scarcity of water would have been the main factor in the collapse of the Mayan people. For this, he used the historical record of droughts.
More recently, studies by geologists and geographers at the University of Florida concluded that, in Central America, the driest interval of the last 7,000 years occurred precisely between the years 800 and 1000 – coinciding with the Mayan case.
A long drought doesn't mean the Mayan population died of thirst - or starvation, considering the decline of agricultural activity due to the complicated climate. The drought did not decimate the Mayans, but it dispersed civilization. Population centers were being abandoned. Each group tried to look for some other way of life. It was a setback from a social point of view.
In 2012, another study published by Science pointed out that, in the case of the Mayans, droughts played a crucial role because they depended on summer rains to fill their reservoirs full and guarantee agricultural activity - since there are no rivers in the Yucatan plains.
And why would this drought have occurred? According to Nicholas Evans, it is impossible to come up with a single explanation.
"There are several theories, but the data do not support any single cause. Possible theories include deforestation, changes in the frequency of tropical cyclones, changes in the frequency of El Niño events, and changes in the position of the Intertropical Convergence Zone, among others."
New catastrophes in the future?
For the researcher, there is no reason to look at the past of the Mayan civilization imagining that something similar could happen in the future, in times of global warming and other uncontrolled events. At least not for the same reasons.
"There are no direct links between the drought studied and future periods of drought, as globalization today means that humans are able to move water and food resources across the planet, while the Mayans were dependent on rainfall and lived as a local agricultural society", he says.
"Water resources, however, are critical to human society, and without water the world would not be able to function. Other scientists predict that the severity of drought in regions that are already susceptible to low levels of rainfall and high levels of evaporation is likely to will increase as humans continue to influence the climate system," he warns.
.br
A civilização maia dominavam a arquitetura e a matemática.
Eles conheciam a astronomia. Eles tinham um sistema de escrita tão eficiente quanto os que existiam, no mesmo período, na Europa.
A civilização maia, uma das mais proeminentes culturas americanas pré-colombianas, deixou marcas que denotam o seu alto grau de desenvolvimento. Mas, quando os europeus chegaram ao continente americano, pouco havia restado.
O mistério sobre o desaparecimento dessa civilização ganha mais uma explicação em estudo publicado pela revista Science. Se muitos já acreditavam que teria sido uma forte estiagem a responsável pelo declínio dos maias, uma pesquisa desenvolvida por cientistas da Universidade de Cambridge e da Universidade da Flórida demonstrou qual o tamanho dessa seca.
Segundo o geoquímico Nicholas Evans, do Departamento de Ciências da Terra da Universidade de Cambridge, em entrevista à BBC News Brasil, a pesquisa demonstrou que a umidade relativa diminuiu de 2 a 7% no período. "Nossos resultados podem agora ser usados para prever melhor como essas condições de seca podem ter afetado a agricultura, incluindo os rendimentos das culturas básicas dos maias, como o milho."
Teorias sobre o declínio dos maias
O auge civilizatório do povo maia ocorreu entre os anos 250 e 950, período chamado de Clássico. Em 750, acredita-se, a população total tenha chegado a 13 milhões de habitantes. Daí em diante, entretanto, houve um declínio rápido e cheio de mistérios.
Várias hipóteses já foram aventadas e pululam em livros de história. De surtos de doenças a problemas decorrentes da dependência da monocultura, passando por guerras internas, invasão de algum povo estrangeiro e mudanças climáticas.
Nos últimos anos, a versão climática tem ganhado força, sobretudo por conta de indícios encontrados por cientistas no solo e no fundo de lagos mexicanos. "Outros estudos em toda a região das planícies maias também fornecem pistas de sincronicidade da seca, com apenas pequenas variações temporais em toda a região. Não podemos dizer se essa seca foi experimentada em outras áreas do planeta", ressalta o cientista Nicholas Evans.
Essa hipótese já era apresentada pelo menos desde 1994, quando o arqueólogo Richardson Benedict Gill publicou o livro The Great Maya Droughts (As grandes secas maias, em tradução livre). Na obra, ele afirma que a escassez de água teria sido o fator principal no colapso do povo maia. Para isso, ele utilizou o registro histórico de estiagens.
Mais recentemente, estudos de geólogos e geógrafos da Universidade da Flórida concluíram que, na América Central, o intervalo mais seco dos últimos 7 mil anos ocorreu justamente entre os anos 800 e 1000 – coincidindo com o caso maia.
Uma longa seca não significa que a população maia morreu de sede - ou de fome, considerando a decadência da atividade agrícola devido ao clima complicado. A estiagem não dizimou os maias, mas dispersou a civilização. Os centros populacionais foram sendo abandonados. Cada grupo tratou de buscar algum outro meio de vida. Foi um retrocesso do ponto de vista social.
Em 2012, outro estudo publicado pela Science apontou que, no caso dos maias, as secas tiveram um papel crucial porque eles dependiam das chuvas de verão para encher seus reservatórios cheios e garantir a atividade agrícola - já que não há rios nas planícies de Yucatán.
E por que essa seca teria ocorrido? De acordo com Nicholas Evans, é impossível chegar a uma única explicação.
"Existem várias teorias, mas os dados não sustentam qualquer causa singular. Possíveis teorias incluem o desmatamento, mudanças na frequência dos ciclones tropicais, mudanças na frequência dos eventos El Niño e mudanças na posição da Zona de Convergência Intertropical, entre outros."
Novas catástrofes no futuro?
Para o pesquisador, não há razão para olharmos para o passado da civilização maia imaginando que algo semelhante possa ocorrer no futuro, em tempos de aquecimento global e outros descontroles. Pelo menos não pelas mesmas razões.
"Não há ligações diretas entre a seca estudada e os períodos futuros de seca, já que a globalização hoje significa que os seres humanos são capazes de movimentar recursos hídricos e alimentares em todo o planeta, enquanto os maias eram dependentes de chuvas e viviam como uma sociedade agrícola local", afirma.
"Recursos hídricos, no entanto, são críticos para a sociedade humana, e sem água o mundo não seria capaz de funcionar. Outros cientistas preveem que a severidade da seca em regiões que já são suscetíveis a baixos níveis de chuva e altos níveis de evaporação provavelmente aumentará à medida que os humanos continuarem a influenciar o sistema climático", alerta.
Mayan temples like this one in Chichen Itza, Mexico,
attract tourists from all over the world.
-
Templos maia como este, em Chichen Itza, no México,
atraem turistas de todo o mundo.
that formed a vast network of cities, forts, farms and causeways.
-
que formavam uma vasta rede de cidades, fortes, fazendas e calçadas.
Scenes that the ancient mayas imprinted in
the walls of the old temples of Bonampak.
-
Cenas que os antigos maias imprimiram
nas paredes dos antigos templos de Bonampak.
Cultura e conhecimento são ingredientes essenciais para a sociedade.
Cultura não é o que entra pelos olhos e ouvidos,
mas o que modifica o jeito de olhar e ouvir.
A cultura e o amor devem estar juntos.
Vamos compartilhar.
--//--
Culture and knowledge are essential ingredients for society.
Culture is not what enters through the eyes and ears,
but what changes the way of looking and listening.
Culture and love must go together.
Let's share.
@edisonmariotti
#edisonmariotti
fonte: https://bbc.in/3vPs53M
blog: https://bit.ly/3sOKEDc
youtube: https://bit.ly/3pO0uvW
Nenhum comentário:
Postar um comentário