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sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Cinco museus estão fechados para visitação no Amazonas


O Museu do Homem do Norte, o Museu Amazônico, Museu de Ciências Naturais da Amazônia, Museu do Porto e o Museu do Pescador estão entre os espaços culturais que a população e os turistas têm sido privados de visitar.
[ i ]Museu de Ciências Naturais,fundado há 22 anos em Manaus, está há quatro meses fechado.
Manaus - Dos  13 museus públicos e particulares do Amazonas, cinco estão fechados e sem previsão para reabrirem. O Museu do Homem do Norte, o Museu Amazônico, Museu de Ciências Naturais da Amazônia, Museu do Porto e o Museu do Pescador estão entre os espaços culturais que a população e os turistas têm sido privados de visitar. 
Para o antropólogo e professor da Universidade Federal do Amazonas Ademir Ramos, a situação demonstra a necessidade de revisão da política cultural do Estado, focada apenas em eventos. “A concepção de museu que se vê hoje é a de depósito, quando na verdade trata-se de uma unidade viva, responsável por trabalhar a educação e a cultura”, afirmou.
Ramos ressalta também que a prática de visitação aos museus deve estar vinculada ao processo pedagógico das escolas, evitando que ‘as portas sejam fechadas e o acesso à educação e à história do povo seja dificultada. “Cada vez mais o povo vai perdendo as referências e a sua história”, frisou.
Ainda segundo o antropólogo, poucos amazonenses visitam museus pela falta de incentivo do poder público, algo grave para ele, uma vez que ao mesmo tempo que se promove a relação entre os museus e a escola forma-se cidadãos e consumidores do serviço.
O Museu de Ciências Naturais da Amazônia, fundado há 22 anos em Manaus e mantido pela Associação Naturalista do Amazonas, há quatro meses está fechado por falta de condições financeiras.
Localizado na Colônia Japonesa e fundado em comemoração ao aniversário de 80 anos da presença japonesa no Brasil, o museu abriga  um acervo composto por 473 peças, sendo 380 insetos e 93 peixes amazônicos, além de seis aquários com espécies vivas de peixes regionais, como tambaqui e pirarucu.
Em abril deste ano, período em que o museu foi fechado , o administrador, Kyouke Hashimoto, revelou que há dois anos a instituição vinha operando no vermelho.
O Museu do Homem do Norte é outro espaço cultural atualmente fechado por tempo indeterminado. De acordo com a diretora de museus do Estado, da Secretaria de Estado da Cultura, Nazarene Maia, o museu, antes de responsabilidade do município e cedido ao Estado por comodato, foi fechado para viabilizar a mudança de sede. “Todo o acervo será transferido para o Centro Cultural dos Povos da Amazônia como uma forma de centralizar as informações e também de esvaziar o prédio anterior que pertence à Prefeitura”, explicou.
O Museu Amazônico, de acordo com a assessoria de comunicação da Fundação Municipal de Cultura e Artes (ManausCult), está fechado para mudança de endereço, pois passará a funcionar no “Paço Municipal”, com outro nome. O processo ainda depende de licitação.
Palacete Provincial abriga parte da história do Amazonas
De acordo com a diretora de Museus do Estado, Nazarene Maia, o Amazonas oferece, hoje, oito museus abertos para visitação e funcionam no  Palacete Provincial. São eles: o Museu do Seringal Vila Paraíso, a Pinacoteca do Estado, o Museu da Imagem e do Som do Amazonas, o Museu Numismática Bernardo Ramos, o Museu Tiradentes, o Museu de Arqueologia, o Museu Casa Eduardo Ribeiro e o Laboratório de Arqueologia.
No Palacete Provincial, que serviu por mais de cem anos como sede do quartel da Polícia Militar do Amazonas (PMAM), Nazarene ressalta que, os visitantes têm a oportunidade de conhecer cinco museus diferentes em um só espaço e de maneira gratuita. “São seis metros quadrados de área construída para oferecer lazer, cultura e informação”.
Na Pinacoteca do Estado, um dos museus abrigados no prédio, o acervo de mil obras de arte retrata a produção artística brasileira do século 20, com obras de grandes artistas amazonenses.
No Museu da Imagem e do Som do Amazonas (MISAM), criado há 11 anos, o público pode viajar pela Amazônia por meio do acervo de imagens, áudios e vídeos. Além disso, para quem não abre mão da pesquisa, 30 minutos de acesso à internet são disponibilizados aos visitantes.
O Museu Numismática Bernardo Ramos é a grande pedida para os colecionadores de plantão e apaixonados por moedas, cédulas e medalhas. No total são 17.300 peças da Idade Antiga, Média e Contemporânea, distribuídas em 74 vitrines. A entrada é franca.
Relembrando o período que serviu de sede para o comando da polícia do Estado, o Palacete também é uma alternativa para a observação de armas antigas, equipamentos do Corpo de Bombeiros, uniformes, distintivos e etc.
No âmbito da arqueologia amazônica, o Museu de Arqueologia, criado em 2009, é o responsável por trazer à sociedade os aspectos da região ocupada nos tempos pré-históricos por populações de níveis elevados de complexidade social.
SERVIÇO
Palacete Provincial, Pinacoteca do Estado, Misam, Museu Numismática Bernardo Ramos, Museu Tiradentes e Museu de Arqueologia:  terça-feira e quarta-feira (9h às 17h); quinta-feira, sexta-feira e sábado (9h às 19h); domingo (16h às 20h)
 Museu Casa Eduardo Ribeiro: terça-feira a sábado (9h às 17h); domingo (16h s 20h).
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