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quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Papa diz que beleza da arte estimula diálogo com Deus


O papa disse nesta quarta-feira que a arte é como uma porta aberta ao infinito, em direção a uma beleza e uma verdade que vão além do cotidiano e convidou aos fiéis a descobrir a beleza artística como reza e diálogo com Deus.
"A visita aos museus, não só representa enriquecimento cultural, mas pode se transformar em um momento de graça, um estímulo ao diálogo com o Senhor".
O papa Bento XVI celebrou a audiência tradicional das quartas-feiras no Palácio Apostólico de Castel Gandolfo, onde passa suas férias de verão, onde falou aos peregrinos que abarrotavam o pátio, muitos deles com camisetas da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) realizada em Madri.
Bento XVI abordou novamente o tema "via pulchritudinis", ou caminho da beleza, e ressaltou que "o homem deve recuperar o significado mais profundo" para cumprir com "a necessidade de cada cristão encontrar tempo para Deus, para a reza, no meio de tantas ocupações de nossos dias".
O papa se referiu à experiência estética concreta. "Talvez já tenha ocorrido alguma vez diante de uma escultura, um quadro, uma poesia, em um concerto de música. Em alguma ocasião dessas possa ter sentido uma emoção íntima, uma sensação de alegria, de perceber, ou seja, claramente que estás diante de algo que não é só matéria, mas algo maior, algo que ''fala'', capaz de tocar seu coração, de comunicar uma mensagem, de elevar a alma".
Para o papa teólogo, "há expressões artísticas que são verdadeiros caminhos na direção de Deus, da beleza suprema, que de fato são uma ajuda para engrandecer nossa relação com Ele, na oração", e se deteve nas "obras que nascem da fé e expressam a fé".
Bento XVI citou como exemplos as catedrais góticas e igrejas românicas, "esplêndidos prédios" em que ao entrar "percebemos como que contêm a fé de gerações".
Segundo o papa, quando escutamos uma peça de música sacra que faz vibrar as cordas de nosso coração, "nossa alma se dilata e isto nos ajuda a nos dirigir a Deus".
O papa mencionou artistas e intelectuais como Marc Chagall e Paul Claudel, além de Johann Sebastian Bach, e convidou os fiéis a descobrir a beleza artística como ajuda da reza.

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