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sexta-feira, 30 de março de 2012

Oficina sobre “Patrimônio Arquitetônico” começa na sexta-feira

A cidade de Itu recebe gratuitamente neste final de semana uma oficina sobre patrimônio arquitetônico. Idealizada pela Secretaria de Estado da Cultura por intermédio do Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico), das Oficinas Culturais, do SISEM-SP – Sistema Estadual de Museus e com apoio da Secretaria de Cultura as oficinas visam ampliar e fortalecer as políticas públicas na área de patrimônio cultural no interior do Estado, por meio da qualificação de profissionais e estudantes para atuar com a questão patrimonial.
Programada para municípios que possuem construções historicamente importantes, a oficina é dividida em módulos teóricos e interativos. Na primeira etapa, os palestrantes apresentam a história do restauro e os princípios gerais de preservação desde o século XIX até os dias atuais, como a organização das primeiras estruturas legais e os organismos internacionais e nacionais de preservação.
Os procedimentos básicos para o desenvolvimento de projetos de restauro e a metodologia para intervenção em bens de natureza urbanístico-arquitetônica são apresentados na seqüência. Nos módulos interativos, os participantes são estimulados a pensar e discutir questões relacionadas à preservação do patrimônio arquitetônico local.
A oficina é destinada aos maiores de 18 anos, profissionais e estudantes de Arquitetura, Urbanismo, Engenharia, História, Museologia, Comunicação, Artes e Gestão Pública; agentes e produtores culturais; professores e demais interessados no tema e é ministrada pelos arquitetos Samuel Kruchin e Cristiane Gonçalves, que introduzem os participantes ao universo da preservação da arquitetura, abordando os princípios técnicos, formais e legais, no âmbito público e privado. Participam também da atividade técnicos do Condephaat.
Samuel Kruchin e Cristiane Gonçalves são arquitetos especializados em patrimônio e restauro. O escritório de Kruchin tem feito obras de restauro historicamente valiosas para o Estado de São Paulo, como a casa do Regente Feijó (Sítio do Capão), a Bolsa de Café e Mercadorias de Santos e a estação ferroviária de Bananal.
A abertura será amanhã (30), às 19h. No sábado, a oficina será das 9h às 13h e das 14h às 18h e no domingo, das 9h às 13h.
As inscrições são gratuitas e podem ser feitas hoje (29), na Rua Paula Souza, 664 – Centro. As vagas são limitadas. Informações pelo fone             (11) 4013-7711      .

Começa a revitalização do museu de Aquidauana

Com recursos de R$ 100 mil do Fundo de Investimentos Culturais (FIC/MS) do governo do Estado e R$ 10 mil de contrapartida da Prefeitura de Aquidauana, o Museu de Arte Pantaneira "Manoel Antônio Paes de Barros" inicia nesta quinta–feira (29 de março) uma revitalização completa. A vistoria técnica e a assinatura da ordem de serviço para a reforma acontecem às 19 horas, com a presença do prefeito de Aquidauana, Fauzi Suleiman e o presidente da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul, Américo Calheiros.



Inaugurado em 1918, o prédio do Museu é tombado pelo Patrimônio Histórico e Artístico de Aquidauana. Foi construído para ser a residência de um dos fundadores da cidade, Manoel Antônio Paes de Barros e cedido à municipalidade por sua esposa, Virgínia Paes de Barros.

Última reforma em 1996

O Museu foi implantado em 1999 e não passava por reformas desde 1996. Possui em seu acervo um rico e variado acervo referencial sobre o município e a região pantaneira, com peças que expõe a vida e a cultura regional, a Guerra da Tríplice Aliança, a Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, a evolução das comunicações e obras de arte de artistas da região. O museu possui ainda espaço para exposições temporárias.

De acordo com o presidente da Fundação de Cultura de Aquidauana, Rangel Castilho, as obras, que devem durar 90 dias, revitalizarão todo o prédio. "Será trocada estrutura do telhado, que será metálica. O piso de ladrilhos hidráulicos será substituído, mantendo as características originais. Haverá nova iluminação e o forro retrabalhado. Além disso será criada uma sala técnica e uma diretoria", explica.

Museu à altura de Aquidauana

Segundo o presidente da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul, Américo Calheiros, a reforma do museu resgata a importância de um patrimônio cultural e histórico valioso para todo o Estado. "Revitalizado, o Museu de Arte Pantaneira representará tanto em seu conteúdo como em sua forma arquitetônica a história da cidade, do homem pantaneiro e de Mato Grosso do Sul".

"Fruto da determinação da equipe da Fundaq e do apoio do governador André Puccinelli, vamos transformar aquele que é um dos principais espaços culturais de nossa cidade em um museu à altura de Aquidauana", afirmou o prefeito Fauzi Suleiman.

Fonte: agecom

quinta-feira, 29 de março de 2012

MANIFESTO SÃO PAULO CRIATIVA -

MANIFESTO SÃO PAULO CRIATIVA

Assine no link o manifesto por uma São Paulo Criativa. Para transformarmos os problemas de São Paulo em soluções, precisamos criar um ambiente onde a criatividade seja valorizada por todos os agentes: governos, pessoas, empresas e organizações.

http://www.criaticidades.com.br/manifesto/
Clicando em Participar você também pode convidar seus amigos a assinar.


Queremos que nossos representantes já eleitos e os próximos candidatos se comprometam com 10 pontos, que estão detalhados no site:

1 - Cidade criativa é cidade compartilhada
2 - A cidade é um sistema, no qual as partes se complementam
3 - Projetar o futuro envolve reconhecer o passado
4 - Criatividade só se transforma em inovação quando somada a uma educação que a estimule
5 - Transformar a cidade de dentro para fora envolve uma política definida e executada de forma integrada
6 - A ecologia criativa se alimenta da ecologia ambiental
7 - A cidade criativa se reinventa continuamente
8 - São Paulo conta com milhares de imóveis vazios, isolados da dinâmica urbana
9 - A riqueza imaterial de uma cidade ganha solidez quando gera também riquezas materiais
10 - A captação internacional e a produção local de grandes eventos e o fortalecimento da indústria do entretenimento

fonte:
http://www.criaticidades.com.br/manifesto/?#comment-1286

Brasil tem exposição mais visitada do mundo, e críticos explicam fenômeno


Deu na "The Art Newspaper", publicação norte-americana especializada em artes que faz um levantamento anual, desde 1996, das exposições mais vistas do planeta: a mostra "O mundo mágico de Escher", em cartaz no Centro Cultural Banco do Brasil do Rio de Janeiro entre os meses de janeiro e março do ano passado, ficou no topo do ranking relativo a 2011, tendo recebido uma média de 9.677 visitantes ao dia.

Além da exibição de gravuras originais, desenhos e instalações do holandês M.C. Escher (1898-1972), outras duas exposições realizadas na unidade carioca do CCBB também aparecem no top 10 divulgado: "Oneness", da artista japonesa Mariko Mori, com 6.991 visitantes diários (7º lugar); e "Eu em Tu", da americana Laurie Anderson, que atraiu média de 6.934 pessoas por dia (9º lugar) — todas gratuitas.

Mas o que pode ter despertado o "incrível apetite por arte contemporânea" nos brasileiros, como descreve a revista americana? Especialistas ouvidos pelo G1 creditam o fenômeno a vários fatores. Para o carioca Fernando Cocchiarale, crítico e professor de Filosofia da Arte do Departamento de Filosofia da PUC-RJ, o sucesso das exposições do CCBB está diretamente relacionado ao trabalho de divulgação das instituições culturais junto à mídia.

"As instituições vêm batalhando arduamente atrair público. Para isso utilizam-se de serviços de divulgação, assesoria de imprensa e de comunicação. Isso cria uma situação favorável, que torna natural a busca de informações por arte contemporânea. Mas acho que a grande maioria das pessoas que visita uma exposição como a do Escher sente-se atraída pelo espetáculo, pela publicidade. Não necessariamente está sendo formado um público cativo e aficionado pelo assunto. Ainda assim, acho tudo muito positivo", diz Cocchiarale, que também é professor da Escola de Artes Visuais do Parque Lage, no Rio.

Quantidade e qualidade
Investimentos em arte-educação, a boa situação econômica do país (que torna livros, obras, discos e filmes mais acessíveis) e a gratuidade das exposições também criam condições para o incremento de público, segundo Pieter Tjabbes, curador da mostra que liderou o ranking da "The Art Newspaper".

"Além desses fatores, também temos investido bastante num novo conceito de exposição. Utilizamos recursos para que as pessoas se sintam conectadas e envolvidas mais facilmente com o que está sendo exibido. Fizemos assim com as mostras de Escher e da Índia. Com seções lúdicas e interativas, que se comunicam mais com os visitantes, é que estamos atingindo novos públicos", explica Tjabbes, elogiando a quantidade e qualidade de exposições que o Brasil têm recebido ultimamente.

"A qualidade média das exposições têm subido muito. Hoje o Brasil não deve nada ao exterior. As mostras aqui são de altíssima qualidade. Além disso, a oferta de exposições, principalmente no Rio e em São Paulo, é fantástica. Eu mesmo, que sou do ramo, não dou conta de ver tudo", destaca.

Rio e São Paulo
Analisando o ranking mais de perto, um outro dado relativo ao Brasil também chama a atenção. Enquanto a unidade carioca do CCBB aparece três vezes entre as dez exposições mais visitadas, o centro cultural paulistano surge apenas em 23º lugar, também com a mostra do ilustrador holandês. Nada fora do comum, de acordo com o curador independente, jornalista e crítico de arte Marcus Lontra.

"Historicamente, a classe média carioca sempre foi uma grande consumidora de cultura, diferentemente de outras que se estruturaram posteriormente no Brasil, como a paulistana ou a mineira. Porque, no Rio, não é preciso ser rico para isso. Os cariocas têm essa peculiaridade e sempre participaram de atividades artística e culturais", ressalta Lontra, curador das exposições “Niemeyer: arquiteto, brasileiro, cidadão" e "Onde está você, Geração 80?", relembrando outras mostras de sucesso no país.

"Isso acabou se refletindo em diversos momentos, como nas exposições de Monet e Rodin, no Museu Nacional de Belas Artes do Rio, nos anos 90. O número de visitações na cidade eram sempre superiores ao de São Paulo, apesar da capital paulista ser uma cidade mais populosa", analisa o jornalista, que inaugura no dia 2 de junho, no Centro de Artes Hélio Oiticica, no Centro do Rio, a mostra "Espelho refletido", reunindo obras de 38 artistas contemporâneos brasileiros.

Continuidade
Quem também opina sobre a diferença de público da exposição "O mundo mágico de Escher" nas duas cidades é o gerente de programação do Centro Cultural Banco do Brasil no Rio, Francisco Ribeiro. Ele considera as características entre as duas unidades como um possível motivo.

"São características geográficas diferentes. Talvez no Rio o acesso ao CCBB seja mais fácil. E, por ser maior, a gente pode abrigar mais pessoas diariamente. Acredito que isso possa se refletir neste número. Porque, apesar da imponência do nosso prédio carioca, queremos mostrar que essa pode ser uma casa de todos", diz Ribeiro.

Apesar da atual notoriedade brasileira no campo das artes e da festa em torno do levantamento divulgado pela revista "The Art Newspaper", ainda é cedo para comemorar, como observa Fernando Cocchiarale. O crítico adverte: "Não acho que estes números sejam resultados consolidados. Este trabalho de divulgação e publicidade da arte tem que continuar. Aí, sim, o público cativo também vai aumentar".

fonte:
http://primeiraedicao.com.br/noticia/2012/03/29/brasil-tem-exposicao-mais-visitada-do-mundo-e-criticos-explicam-fenomeno

Exposição inédita traz ao público acervo privado por Jéssika Morandi

Dentro do tema principal, cada instituição escolheu seu foco: MAE apostou em rituais indígenas e na arqueologia egípcia 

IEB, MAE, MP e MAC são representados logo na entrada da exposição (foto: Jéssika Morandi)
IEB, MAE, MP e MAC são representados logo na entrada da exposição (foto: Jéssika Morandi)
Mais de 500 pessoas já passaram pela exposição “Coleção, Ciência e Arte”, que fica no Centro Universitário Maria Antonia (CEUMA) até 1º de julho deste ano. Um dos motivos para tanto sucesso está no fato de que a mostra é inédita e reuniu o trabalho de quatro instituições da USP, além do próprio CEUMA: O Instituto de Estudos Brasileiros (IEB) e os museus de Arte Contemporânea (MAC), Paulista (MP) e de Arqueologia e Etnologia (MAE).
As peças expostas integram a massa falida do extinto Banco Santos, que ficou sob a guarda da USP. Parte deste acervo privado, que conta com diversos itens importantes à história da humanidade, está agora à disposição do público. “Com ‘Coleção, Ciência e Arte’, a Universidade de São Paulo pôde assegurar ao público o direito de conhecer um patrimônio originariamente indisponível”, diz a professora Maria Arminda do Nascimento Arruda, Pró-Reitora de Cultura e Extensão da USP, na apresentação da mostra.

A ideia de montar a exposição conjunta surgiu há cerca de dois anos, por parte da reitoria, e envolveu uma série de esforços da comunidade USP. Além dos diretores das cinco Instituições envolvidas e de funcionários, alunos da graduação e pós-graduação também participaram da preparação da exposição. “A montagem foi muito interessante porque mostrou que unidades da USP podem dialogar em busca do conhecimento e de agregar valores à sociedade. A articulação entre alunos, funcionários e professores foi fundamental para o sucesso da exposição”, comenta a professora Cecília Helena Salles Oliveira, diretora do Museu Paulista à época da inauguração da mostra, em 17 de novembro de 2011.
Esse trabalho em conjunto teve objetivos claros: ”A ideia central da exposição é revelar as potencialidades do colecionismo para a pesquisa e formação acadêmica. Existe ciência e arte em se fazer coleção”, explica o diretor do CEUMA, professor Moacyr Ayres Novais Filho. Dentro do tema principal, cada instituição escolheu seu foco: o MAE apostou em rituais indígenas e na arqueologia egípcia; o MAC, nas fotografias e telas de artistas modernistas e contemporâneos; o IEB, na cartografia – com mapas datados desde o século XVI – e o Museu do Ipiranga investiu nos instrumentos náuticos e de localização espacial. Este último teve que selecionar 22 peças dentre as cerca de oito mil que ficaram sob a sua curadoria. “Procuramos fazer um recorte que expressasse a relação da construção do conhecimento do homem a partir da natureza”, afirma a professora Cecília.
“O pessoal da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) costuma visitar exposições, mas pelo que vejo isso é mais difícil de acontecer com os alunos de outras faculdades, a não ser quando é alguma mais popular como a Bienal”, opina o estudante André Hiroyuki Yoshioka, do 6° ano de Arquitetura. “Grande parte do público que vem na exposição são pessoas que passam pela região, quem está na USP não vem muito”, concorda Marco Tonnani, estudante do 5º de História.
Para incentivar a visitação estudantil e a exploração pedagógica das obras expostas, o CEUMA convidou diversas escolas da região para conhecerem a mostra. As visitas escolares devem começar a partir do final deste mês e, para recebê-las, o Museu está montando uma equipe de ação educativa. Ainda há vagas para os alunos de graduação da USP que quiserem ser monitores bolsistas. Contato:             (11) 3123-5200      .

fonte:

quarta-feira, 28 de março de 2012

O projeto 'a cappella' "Prova dos Nove” estará no Museu da Música.. (Portugal)

O projeto 'a cappella' "Prova dos Nove” estará no Museu da Música para um concerto onde apresentará, a oito vozes, um repertório que vai do clássico ao pop, rock e jazz, num ambiente que se quer divertido e descontraído. 






.:: Prova dos Nove
Sábado, 31 de Março de 2012 // 16:00 h

fonte:
http://br.mg5.mail.yahoo.com/neo/launch?.rand=fhcdd47jcucu7

Museum Analytics analisa museus e galerias de arte nas redes sociais

Os museus no Brasil estão se abrindo para a diversidade cultural, para o conhecimento local e a memória popular. Estas abordagens têm habilitado a desconstrução de grandes narrativas e tem afirmado a função das audiências na apreensão social dos museus. Estes debates criaram um caminho de passagem da centralidade institucional para o relacionamento social e a demanda por engajamento com a cultura.

A internet e o surgimento de novas tendências tecnológicas da informação a cada dia possibilitaram uma nova relação entre o museu e o público. As instituições que lançam mão desses recursos acreditam que a internet pode ser o ambiente ideal para se estimular, desenvolver, democratizar e ampliar significamente o acesso a museus, exposições e espaços culturais no Brasil.

A importância da integração da comunicação digital nos museus entre as diferentes áreas como pesquisa, conservação e serviços culturais e educativos é indispensável. Além disso, o desafio da gestão competente e profissionalizada da comunicação digital é o que os museus, assim como qualquer outra empresa, precisam para fortalecer relacionamentos institucionais e mercadológicos com os públicos e a opinião pública.

Um dos pontos mais importantes a se observar na comunicação digital é a mensuração de resultados das ações. Um site holandês se lançou ao desafio de medir a audiência de museus e galerias de arte nas mídias sociais. Além de fornecer dados sobre a visitação presencial dos maiores museus do mundo, o Museum Analytics produz relatórios semanais sobre o desempenho dos museus nas redes sociais Twitter e Facebook.

Alguns museus brasileiros são acompanhados pelo site e listam entre os mais populares nas redes sociais como o Centro Cultural Banco do Brasil, o MASP, a Pinacoteca e o Museu das Minas e do Metal. E você, curte alguma página de museu ou segue algum perfil no Twitter? O que você mais espera da atuação das instituições de cultura na internet?

Por Ana Paula Gaspar, historiadora com MBA em mídias sociais. @anapulagaspar


Acesse o Artigo Original: http://www.blogmidia8.com/2012/03/museum-analytics-analisa-museus-e.html#ixzz1qPxu2jqb

Exposição no Museu Lasar Segall reúne cerca de 100 obras modernistas

O Museu Lasar Segall/Ibram, em São Paulo (SP), inicia seu programa de exposições 2012, no dia 31 de março, com Poéticas do Mangue, e tem como convidado para curadoria o professor Fábio Magalhães.


Mangue foi realizado por Di Cavalcanti em 1929
A mostra fica em exibição até 17 de junho e reúne um conjunto expressivo de cerca de 100 obras, entre desenhos, aquarelas, gravuras e pinturas, do período que perpassa a década de 1920 até meados de 1960.
Um dos grandes temas do Expressionismo Alemão, a prostituição feminina encontrou no Brasil um habitat quase ‘natural’ na região do mangue, nas proximidades do cais do porto no Rio de Janeiro. Na arte moderna brasileira, o tema foi abordado por vários artistas.
A mostra traz Lasar Segall (1891-1957) e Di Cavalcanti (1897-1976), os que mais registros fizeram da paisagem do meretrício carioca, e outros importantes nomes como Antonio Gomide (1895-1967), Poty Lazzaroto (1924-1998), Otto Lange (1879-1944), Walter Jacob (1893-1964).
No dia 19 de maio, às 17h, será o lançamento do catálogo/livro Poéticas do Mangue, quando ocorrerá uma mesa redonda com especialistas. A mesa fará parte das atividades da 10ª Semana de Museus, que acontece de 14 a 20 de maio – evento promovido anualmente pelo Ibram/MinC.
Intervenções
No mesmo dia 31 de março, o museu inaugura a quarta edição do Projeto Intervenções, evento em que há ocupação de diferentes áreas da instituição com instalações ou intervenções.
A convidada é a artista plástica Mônica Nador, que inspirada na xilogravura de Segall, Cabeça de negro (1929), realiza um trabalho de justaposição desta imagem, com um autorretrato realizado em 2004 por um morador da periferia de São Paulo que participa do Jardim Miriam Arte Clube (Jamac). Saiba mais.
Texto e imagem: Divulgação Museu Lasar Segall

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Principal museu francês de arte contemporânea mira no Brasil

RIO - Os olhos do Centro Pompidou estão fixados no Brasil. O principal museu de arte contemporânea da França vem trabalhando silenciosamente em território nacional para encontrar parceiros locais e trazer ao país exposições temporárias que levem sua marca. Enquanto isso, em Paris, a prestigiada instituição adota uma "política ativa" de aquisição de obras brasileiras. Quer tornar mais robusta a presença do Brasil em seu acervo.
Em entrevista ao GLOBO, o recém-reeleito presidente do Pompidou, Alain Seban, enaltece a cena de arte contemporânea brasileira e a classifica como "uma das mais apaixonantes do mundo". Revela ainda qual é a estratégia do museu para estreitar relações com o país: o investimento em novas aquisições e a exibição de parte de seu acervo por aqui.
- Recentemente, com apoio de um grupo de colecionadores franceses e latino-americanos, compramos trabalhos de Ernesto Neto, José Damasceno, José Bechara e Rivane Neuschwander - diz Seban.
Além disso, o Pompidou vem tentando enriquecer sua coleção com obras da arte moderna brasileira. Recebeu em doação do mecenas americano Daniel Brodsky, por exemplo, "Caranguejo" (1960), um dos "bichos" de Lygia Clark. Atualmente, o museu conta com aproximadamente 600 obras de cerca de 60 artistas brasileiros. E ainda quer mais.
Não está nos planos do Pompidou, no entanto, abrir um braço permanente no Brasil - ou em qualquer outro país. A instituição, que em 2010 deu o primeiro passo em direção à descentralização (com a inauguração do Pompidou-Metz, em Lorraine, na França), quer que seu acervo, de 70 mil obras, circule mais.
- O Brasil tem todas as ferramentas para desenvolver suas próprias instituições, como os Estados Unidos têm o MoMA, ou a Inglaterra, a Tate. Não creio na implantação de um Pompidou permanente no exterior. Por outro lado, acredito que podemos levar nosso apoio e expertise para projetos de duração temporária.
Um museu global e virtual
O pensamento de Seban sobre a arte nacional está totalmente alinhado com o da curadora-chefe da instituição, Christine Macel. Sem economizar, ela diz que "a história da arte no século XX não pode ser escrita sem mencionar artistas como os neoconcretos Lygia Clark, Hélio Oiticica e Lygia Pape":
- Ando especialmente fascinada por Lygia Clark, que viveu parte de sua vida em Paris, mas ainda é pouco conhecida do grande público francês. Ela inventou uma arte baseada na ação e na interação, em que o espectador se torna o verdadeiro ator.
Christine assina a curadoria de "Danser sa vie", em cartaz atualmente junto com a exposição principal da casa, de Henri Matisse. Na mostra, ela encontrou espaço para incluir parangolés e um vídeo de Kátia Maciel em que o poeta Waly Salomão veste uma das peças criadas por Hélio Oiticica. A exposição sobre dança, que termina na próxima segunda-feira, tem média diária de quatro mil visitantes.
Com relação à arte contemporânea brasileira, Christine também se mostra animada. Lembra que o Pompidou já exibiu, por exemplo, vídeos de Janaina Tschäpe e que efetivamente vem aumentando seu acervo.
Segundo o presidente do museu, existem muitos projetos em discussão para que o Brasil acolha mostras de duração limitada do Pompidou. Seban, porém, evita detalhar as negociações.
O interesse no país é reflexo não só do alardeado boom da arte do Brasil, mas também da presença maciça de brasileiros pelos corredores do museu. De acordo com as últimas pesquisas da casa, o Brasil está entre os dez países que mais levam visitantes ao Pompidou anualmente - ganha de chineses e japoneses, e é o segundo no ranking dos não europeus, perdendo apenas para os Estados Unidos.
Para Seban, a América Latina é o "centro criativo mais ativo e dinâmico do mundo", e ocupa "evidentemente um lugar prioritário" no cenário cultural. O interesse é tanto que, há dois anos, o museu conta com a consultoria de um grupo de especialistas e colecionadores de arte latino-americana (o Centro Pompidou América Latina), que o direciona nas aquisições de obras de arte por aqui.
O presidente explica que o movimento em direção ao Brasil também é parte de uma estratégia maior, de "mundialização" da marca Pompidou.
- Para um museu de arte contemporânea no século XXI, o que está em jogo é justamente isso. A arte se tornou global. Nossa coleção se pretende universal e, então, deve refletir essa nova geografia da criação, abrindo-se às cenas emergentes. Para isso, precisamos reorganizar profundamente o museu e encontrar novos meios de aumentar a coleção.
Dentro do pacote da "mundialização", há ainda a proposta de criar um Pompidou virtual. Previsto para estrear em setembro, o projeto não é apenas um museu digital, mas, segundo Seban, abrirá na web todo o acervo e as exposições desenhadas pela casa. Para tanto, o museu vem investindo no desenvolvimento de uma plataforma tecnológica com "arquitetura de interface simples e intuitiva".
Mostras 'blockbusters'
O plano de "mundialização" tem, é claro, inegável viés econômico. Num continente imerso em crise, em que a visitação de museus está em queda, expandir-se na direção de mercados em ascensão é um bom caminho para obter mais recursos.
- Nosso orçamento já era frágil e, no ano passado, a verba do Estado caiu mais 5% (o equivalente a 3,5 milhões) - afirma Seban. - O Pompidou, no entanto, soube reagir aumentando suas receitas próprias, de 20 milhões para 30 milhões nos últimos cinco anos, graças, entre outras coisas, ao mecenato, à locação de espaços e ao desenvolvimento de exposições fora da França. Já fizemos parcerias com Benin, Líbano e África do Sul.
Seban é o décimo presidente do Pompidou e, após cinco anos, foi reeleito. Assim como oito de seus antecessores, não tem formação em arte. Ocupa o posto como um administrador do governo francês. Orgulha-se de, na primeira gestão, ter elevado o número de visitantes do museu em 40% (no ano passado, foram 3,6 milhões de pessoas) e de ter aumentado as receitas próprias do Pompidou em 50%.
Há, do ponto de vista curatorial, empenho em criar mostras que resultem em público. O próprio Seban comandou exposições de Kandinsky, Calder e Munch. A programação para 2012 reforça a busca por blockbusters. Estão agendadas retrospectivas do alemão Gerhard Richter (o pintor vivo mais bem cotado em leilões) e do surrealista Salvador Dalí.


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