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quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Santiago Calatrava: Museu de Arte de Milwaukee - O anjo que nos protege... quando o arquiteto espanhol

Os trabalhos foram iniciados em 1995, quando o arquiteto espanhol apresentou os primeiros croquis para o trabalho. Desde então, a direção do museu
e a comunidade realizaram uma campanha nacional de doações para arrecadar os 100 milhões de dólares necessários para a expansão do museu.
O novo espaço amplia em 30% a área expositiva e permitirá a exibição de grande parte do seu acervo permanente, que contém obras de Gaudi, Picasso e Andy Warhol, entre outros nomes.

Para conseguir um contraponto com o edifício existente e com a paisagem do lago Michigan, Calatrava desenhou um pavilhão leve, transparente e curvilíneo, que estabelece um diálogo com o compacto e retilíneo pavilhão de Saarinen.
O elemento arquitetônico mais interessante do projeto é a grande asa instalada sobre o edifício, que funciona como um brise-soleil para controle da incidência de luz e calor sobre o hall de entrada do prédio. Móvel, sustentada por finos tendões de aço, a peça mede cerca de 60 m de comprimento em seu ponto mais largo e pesa cerca de 90 toneladas. A direção do museu chegou a recomendar o uso de materiais mais leves, como fibra de carbono, mas os custos seriam proibitivos.

Assim, considerando a velocidade dos ventos locais, os problemas de operação da asa e as limitações de orçamento, a equipe de Calatrava optou pela estrutura de aço e grandes panos de vidro.
Essa peça, como as asas de um anjo, protege a entrada principal do museu, constituída por um atrio em formato parabolóide com cerca de 30 m de altura. A "escultura" resultante transformou-se em logomarca do museu e um dos principais ícones da própria cidade.











A presença de Calatrava no projeto é também facilmente notada na passarela de pedestres que conecta a entrada do museu à faixa que margeia o lago e ao centro da cidade. Com cerca de 90 m de comprimento, a estrutura é sustentada por tirantes ligados a um mastro inclinado, com 70 m.

Jardins e fontes projetadas pelo arquiteto-paisagista Dan Kiley completam a obra. Ocupando uma área com cerca de 6 mil m2, o projeto procurou integrar o museu à cidade, como uma praça de lazer e eventos culturais. Duas fontes monumentais com cerca de 10 m de altura e 12 m de diâmetro funcionam como eixos de articulação do espaço. Entre elas, linhas de jatos de água comandados por sensores de presença, oferecem um divertimento para crianças e adultos. Iluminados com fibras óticas, elas formam uma cortina de água que dança conforme a passagem de pessoas pelas proximidades.


fonte:
http://www.arcoweb.com.br/projetodesign/arquitetura/santiago-calatrava-museu-de-19-05-2002

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