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terça-feira, 4 de novembro de 2014

CAIXA Cultural expõe obras que contam a história do papel na arte brasileira - em Brasilia

Obras estarão expostas de 28 de outubro a 11 de janeiro de 2015 na Galeria Acervo, da CAIXA Cultural Brasília, na mostra Exposição Metamorfoses – O Papel no Acervo da CAIXA
Brasília, Cultura



Fabricado com base na celulose há quase dois mil anos, o papel se tornou uma das tecnologias mais duradouras e cruciais para o desenvolvimento do engenho humano, beneficiando a técnica do desenho e de outras linguagens como a gravura. No Brasil, as artes do papel ganharam pleno espaço no século 20. É o que mostra a exposição Metamorfoses – O Papel no Acervo da CAIXA, em cartaz do dia 28 de outubro a 11 de janeiro de 2015 na Galeria Acervo do espaço.

Serão exibidos ao público 60 trabalhos unidos pela similaridade do suporte papel. São desenhos e gravuras que contam a história e trajetória do uso do papel na arte, por meio da obra de artistas brasileiros como Tarsila do Amaral, Di Cavalcanti, Oswaldo Goeldi, Artur Barrio, Marcelo Gassmann, Djanira, Fayga Ostrower, Tomie Ohtake e Glênio Bianchetti.

“A exposição dá continuidade à política da CAIXA de disponibilizar acesso às obras de sua coleção, que constitui patrimônio público”, comenta Marcelo Moreira dos Santos, gerente de Filial da CAIXA Cultural Brasília. “Esta mostra propõe um contato direto com rico material de referência histórica, que tem o uso do papel como suporte expressivo para uma diversidade de artistas”, comenta o gestor.

Junto com os trabalhos de pinturas, a coleção de obras desenvolvidas sobre papel constitui um dos principais acervos da CAIXA. Só em Brasília existem mais 300 obras arquivadas. Como aconteceu na América Latina, não só a força da cultura nacional, com seus mitos, folclores e tradições populares, mas também as adversidades sociais e políticas do país influenciaram os trabalhos desses artistas a partir de uma investigação estética pertinente.

Para Allan de Lana Frutuoso, curador da exposição, o valor cultural, artístico e histórico do acervo é incalculável por refletir, em alguns momentos, a história do Brasil. “O Brasil sempre teve uma produção potente nessa área, cobrindo parte do modernismo da década de 20, passando pelas vanguardas das décadas de 50 e 60, cobrindo, inclusive, momentos de reclusão da arte em choque com o regime militar”, comenta Lana.

Data de 1945 a obra mais antiga do acervo que faz parte da exposição Metamorfoses – O Papel no Acervo da CAIXA. Trata-se do desenho desenvolvido em nanquim sobre o papel do artista modernista cearense Antônio Bandeira. Mas o curador Allan de Lana explica que alguns desses trabalhos fazem referências a obras dos anos 1920, como é o caso da gravura Estrada de Ferro Central do Brasil, da pintora Tarsila do Amaral. “É a versão em serigrafia de um óleo sobre tela de 1924”, revela.

Entre os trabalhos exibidos, merecem destaques duas gravuras realizadas em serigrafia pelo pintor Di Cavalcanti: Mulata, de 1965, e um registro de 1973, sem título. Obras expressivas de mestres como Tomie Ohtake, Wagner Hermusche e Fayga Ostrower, premiada com suas gravuras na Bienal de Veneza nos anos 1950, também fazem parte da mostra. Para facilitar a compreensão e entendimento por parte dos visitantes, as obras serão expostas com textos auxiliares com informações sobre as técnicas utilizadas pelos artistas. “Nesse sentido a exposição Metamorfoses é bem didática”, observa o curador.



Confira a galeria Exposição – Metamorfoses – O Papel no Acervo da CAIXA

Serviço
Exposição – Metamorfoses – O Papel no Acervo da CAIXA
Local: Galeria Acervo da CAIXA Cultural Brasília
Endereço: SBS, quadra 4, lotes 3/4 - Asa Sul, anexo à matriz da CAIXA
Abertura: Dia 28 de outubro, a partir das 9h
Visitação: De 28 de outubro de 2014 a 11 de janeiro de 2015, de terça-feira a domingo, das 9h às 21h
Ingressos: Entrada franca
Classificação Indicativa: Livre para todos os públicos

fonte: @edisonmariotti @edisonmariotti http://www20.caixa.gov.br/Paginas/Noticias/Noticia/Default.aspx?newsID=1555

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