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sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Diretora de Serralves quer mostrar que museu tem "classe mundial"

A diretora do Museu de Arte Contemporânea de Serralves, Suzanne Cotter, que assinala este mês dois anos no cargo, quer aumentar a perceção da instituição como um espaço de calibre mundial.

 
Numa entrevista com a Lusa, Cotter disse encarar Serralves como "um dos museus mais únicos do mundo (...), não por causa do seu tamanho ou do âmbito universal da sua coleção, mas por causa da escala, arquitetura, local e jardins".


Diretora de Serralves quer mostrar que museu tem classe mundial



A australiana, para quem os dois anos passaram como se tivesse sido apenas um, afirmou que gostava de "aumentar ou alargar a perceção de Serralves como um lugar que é realmente uma instituição de classe mundial", que, apesar de ter noção de que é uma "grande ambição", não pensa ser "irrealista".

Com a noção de que Serralves não poderá ser concorrente de instituições como o Centro George Pompidou, em Paris, Cotter recorda que, devido ao pouco número de museus de arte contemporânea em Portugal é "mais importante ter um espírito de comunidade" em que todos precisam uns dos outros.

"Sempre senti que é importante que nos apoiemos porque o nosso trabalho é difícil. As pessoas fazem coisas muito importantes em lugares diferentes e temos de reconhecer que não podemos fazer tudo", explicou a diretora do museu.

Suzanne Cotter, que se classifica como uma "interessada cidadã temporária de Portugal", reconhece que seria bom pensar que teriam mais fundos à disposição, mas sendo uma "idealista e também uma pragmatista" não considera isso um fator impeditivo para o trabalho de programação.

"Somos afortunados porque sei que alguns dos nossos colegas em Lisboa não podem antecipar nada para lá dos seis meses. É duro", disse a diretora da instituição, que elogiou quer a administração da Fundação de Serralves quer o Executivo camarário, cujas declarações sobre a importância da Cultura são "música para os ouvidos".

Sobre a relação entre o público e a programação, Cotter sublinhou que "os públicos em Portugal são extremamente curiosos e muito generosos e preparados para gostar de algo", mesmo tendo em conta que a "arte contemporânea pode ser muito difícil se não se está equipado com certas ferramentas que ajudem a explicar certas escolhas: uma luz a piscar, porque é que é arte? É esse o desafio do museu".


fonte: @edisonmariotti #edisonmariotti http://www.noticiasaominuto.com/cultura/337880/diretora-de-serralves-quer-mostrar-que-museu-tem-classe-mundial

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