Ao iniciar o julgamento de Adolf Eichmann (preso em Jerusalém, em 1961), o procurador do Estado de Israel Guideon Hansner declarou: “Estou aqui hoje para falar em nome de seis milhões de judeus que não podem mais se manifestar”. A inauguração do primeiro Museu do Holocausto no Brasil representa uma sensação equivalente, ao ceder a palavra e contar histórias dos que pereceram e dos que sobreviveram ao genocídio.
Histórias que não podem ser esquecidas e que devem ser transmitidas às próximas gerações. Foi com esse objetivo que nasceu o Museu do Holocausto de Curitiba. Inaugurado oficialmente em novembro de 2011, recebe semanalmente cerca de 700 pessoas, entre adultos e alunos de escolas públicas e particulares, num espaço de 400 m².
Com uma vocação educativa e linha pedagógica bem definida, mostra os acontecimentos da guerra através de histórias de vítimas que possuem ligação com Brasil ou Paraná. Trata-se de uma ferramenta contra a desumanização nazista, humanizando as vítimas e ressaltando a “vida”.
Também destaca a luta contra a intolerância, o ódio, a discriminação, o racismo e o bullying, tão relevante nos dias de hoje e fundamental para que o interesse pelas visitas fosse disseminado.
O Museu do Holocausto em Curitiba não cumpriria sua missão se não promovesse uma discussão abrangente sobre o preconceito e a violência ao longo dos séculos XX e XXI. Simon Wiesenthal dizia que os sobreviventes devem ser como sismógrafos para detectar essas ameaças. Nós também podemos funcionar como sismógrafos, desde que conheçamos nossa própria história. Essa é uma das mensagens que o Museu deixa ao público curitibano, paranaense e brasileiro: que a humanidade aprenda a conviver melhor e a respeitar as diferenças de cor, fé, etnia ou posições políticas.
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O Museu possui imenso cuidado técnico com as histórias e os objetos que chegam ao acervo. Temos um departamento museológico que recebe, cataloga e acondiciona todos eles em material importado específico, garantindo que outras gerações terão acesso.
Disponibilizamos as histórias pessoais e a pesquisa do acervo em computadores dentro do Museu, exposições itinerantes e materiais pedagógicos.
O que doar
Documentos relativos a imigração (original ou cópia);
Objetos relacionados ao tema que passaram pelo período do Holocausto (original ou cópia);
Fotos antes, durante e depois da Guerra na Europa e no Paraná (cópia digitalizada em alta resolução);
Depoimentos em vídeo (cópia digitalizada em alta resolução);
Livros e filmes originais relacionados ao Holocausto;
Homenagens e comemorações, incluindo medalhas, placas, etc.;
Documentos sonoros, iconográficos e cartográficos (original ou cópia).
Em caso de dúvida, não jogue fora. Consulte-nos.
fonte: @edisonmariotti #edisonmariotti
http://www.museudoholocausto.org.br/o-museu/
http://www.museudoholocausto.org.br/o-museu/
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