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quinta-feira, 10 de março de 2016

Wilson A. Mariotti, PAI de Edison Mariotti, Edemir Mariotti, Alvaro Mariotti e Eliza C. Mariotti, agora é PRAÇA WILSON ANTONIO MARIOTTI, o logradouro público inominado,

Câmara Municipal de SÃO PAULO

Secretaria Geral Parlamentar 
Secretaria de Documentação
Equipe de Documentação do Legislativo



PRAÇA WILSON ANTONIO MARIOTTI,

PROJETO DE LEI 01-00607/2015 do Vereador Eliseu Gabriel (PSB)

"Denomina PRAÇA WILSON ANTONIO MARIOTTI, o logradouro público inominado, localizado na esquina da Rua Rio Verde com a Avenida Fuad Lutfalla. Pirituba, São Paulo, Brasil.

A CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO PAULO decreta:

Art. 1° - Fica denominada Praça Wilson Antônio Mariotti, o logradouro público inominado, localizado na esquina da Rua Rio Verde com a Avenida Fuad Lutfalla, Pirituba.

Art. 2° -  A presente propositura encontra amparo legal na Lei n° 14.454. de 27 de junho de 2007, Capitulo II, que disciplina sobre a Denominação das Vias Logradouros Públicos Municipais.

Art. 3° -  As despesas decorrentes da implantação desta lei correrão por conta de dotações orçamentárias próprias, suplementadas se necessário.

Art. 4° - Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas disposições em contrário.

Sala das Sessões. Às Comissões competentes."








biografia
Em 1850, três séculos depois de fundada, São Paulo era ainda uma cidadezinha feiosa e humilde, cercada de sítios e chácaras por todos os lados. Abrigava coisa de 15 mil almas, só. Mais 50 anos (1900) e o número de habitantes subira para 240 mil. 

De onde surgiu tanta gente em tão pouco tempo? Da Europa. Sobretudo da Itália.

São Paulo era a capital de uma província que, de repente, se tornara importante por causa do café. As fazendas, trabalhadas por escravos, alastravam-se pelo interior de terra vermelha (terra rossa em italiano, que deu terra roxa em português macarrônico).

No entanto, naquele ano de 1850, foi proibido o trafico negreiro. Os fazendeiros ficaram apavorados. Pior: previa-se para logo a abolição definitiva da escravatura - fato consumado em 1888 com a Lei Áurea, assinada pela princesa Isabel, regente na ausência do pai imperador. Quem então trabalharia nos cafezais? Imigrantes. Essa seria a solução E foi. Veio gente de todos os países europeus e, já no século 20, também dos países asiáticos.

No chamado período da grande imigração (1880-1930), um milhão e meio de emigrados da Itália entraram no Brasil. Alguns se radicaram nos estados nordestinos, muitos no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Espírito Santo E muitíssimos, a grande maioria, em São Paulo.

Por que vieram? Em meados do século 19, a Itália tinha 20 milhões de habitantes. Em 1900,30 milhões. Gente demais, trabalho de menos: pouca indústria, pouca terra cultivável. A Política econômica após a unificação de toda a Itália num só reino (1870) escorchava os pequenos agricultores. O desemprego generalizado tornou-se tragédia para um número incalculável de famílias. A solução foi partir para outras terras em busca de trabalho, procurar mundo afora meios de sobrevivência.

Entre 1870 e 1914 deixaram a Itália 10 milhões de pessoas.

Wilson Antonio Mariotti, nasceu no Brasil em 1926 filho de imigrantes. Jovem, trabalhou na roça na fazenda de café em Brotas, cidade do interior de São Paulo. Família grande, com onze irmãos - é o do meio. Na década de quarenta, com muita coragem, deixa a família e o trabalho na roça. Veio para São Paulo. Com muitas dificuldades, aprendeu a profissão. Como motorista de ônibus na capital de São Paulo, fazia o itinerário do bairro de Santana ao centro da cidade. 

Conheceu Olivia Paiz, passageira da linha de ônibus, no final da década de 40. Casou-se e construiu uma família com quatro filhos. Na década de cinquenta, nascem os filhos: Edison, Edemir, Alvaro e Eliza Mariotti. 

Durante sua vida, trabalhou como motorista e ajudou a construção da capital do Brasil, Brasília, em 1956. Na década de sessenta, trabalhou como taxita na cidade de São Paulo e ajudou os seus irmãos a construírem suas vidas em São Paulo. 

Em vinte e cinco de outubro de um novecentos e noventa e oito, cumprindo seu direito de votar, às onze horas, faleceu. Deixou esposa e filhos preparados para á vida.


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