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sábado, 25 de março de 2017

From 1880, the emigration went more towards South America (particularly for Brazil, --- Especial Dia Nacional da Comunidade Árabe: Vamos para a "Amrik" (América)

National Arab Community Day Special: Let's go to "Amrik" (America).   
The history of migration and emigration in the Middle East region is lost in time, taking into account the various empires that took place in the Levant, including the Ottoman Empire (1516-1918), a period in which the Lebanese and Syrians were deeply marked by Oppression, despotism, feudalism, civil wars, massacres, economic-demographic-political problems, "provoked" religious disagreements, insecurity etc ... leading, especially the peasants and part of the intellectuals, to emigrate to other lands. 


Thus, from the last decades of the nineteenth century, the "Great Emigration" (Mahjar) began, a true "epic" of modern times and one of the greatest peaceful conquests in the world, forming the great "Djaliya" [2] , Based in all the continents and that today forms a significant nucleus in more than 60 countries.


Roberto Khatlab


Lebanese Immigration Movement

Without emigration we could not live, but if emigration becomes greater, we can die ... "(Michel Chiha) _

The Lebanese immigrant movement has been known since the Phoenician era, when the region was invaded by other peoples. It went through several stages, and the main one began mainly in the middle of the nineteenth century and continues to the present day.

1 - 1860 to 1900: large experimental emigration, mainly to North America (more directed to the US). From 1880, the emigration was directed more towards South America (particularly for Brazil, after the visit of the Brazilian Emperor Dom Pedro II to the Lebanon, 1876). In the Lebanese registers there are 120 thousand matches at this time, that is, an average of 3 thousand per year. In Brazil, as of 1880, a total of 5,696 emigrants arrived. The population of Brazil in 1890 was 14,333,915 (IBGE)

"Immigration is a manifestation of the energy of peoples who, driven by initiative, seek other lands, fleeing oppression, seeking better economic fortune or satisfying ambitions of the spirit. Well armed, to a weaker country, is an invasion, but if it is simply from individuals without power and resources, to a strong and rich country, it is no more than the visit of those who seek profit from commerce, working a month Or a year hoping to return home with the advantages obtained ... "(Anis J. Racy)

2 - 1900 -1914: increase in emigration, reaching an average of 15 thousand departures per year. 4,600 Lebanese arrive in Brazil. During World War I (1914-1918) the emigration was interrupted.

3 - 1914 - 1939: in this period between the two World Wars, the immigration flow resumed and, initially, are calculated around 9 thousand matches per year. Between 1914 and 1941, Brazil registered the entry of 45,775 new Lebanese immigrants. In the 1920s, emigration declined due to some progress in Lebanon that discouraged emigration. The immigrant rate dropped to 1,400 in 1938, a time that brought back some of the emigrants who gave birth to Lebanese colonies returning to Lebanon, among them the Lebanese-Brazilians - "Brazilian" neologism I created in 1989 - and who ended up For also influencing Lebanese culture.

4 - 1939-1974: With the beginning of World War II (1939-1945), emigration was again interrupted to resume at the end of the war, reaching 4 thousand a year the number of emigrants (more than 30% chose Brazil ). With the independence of Lebanon (1943) and the era of "petrodollars", many Lebanese emigrated to the Arab countries and Lebanon became the financial center of the region, which discouraged emigration. In 1944 Brazil recognized the Independence of Lebanon and in 1945 the Diplomatic Relations between Brazil and Lebanon were established.


5- 1975 to the present day: the civil war in Lebanon began (13 April 1975 - 1990), which forced more than 6,000 people to leave the country and go to the Arab and Western countries. However, this is a transitory emigration that is political, not economic, like the previous ones. With the end of the civil war, in 1990, many emigrants return to the country and others continue leaving in search of new Eldorados. In 1993, the number of Lebanese living abroad was estimated at 800,000.

"Once a Brazilian asked a Lebanese why there are so many Lebanese in the

Brazil, and the Lebanese responded spontaneously:

- there in my homeland, on top of a mountain, which at its feet sleeps the Mediterranean, the Virgin Mary is standing, her eyes embrace the sea and with her arms open says to the Lebanese:

"My children and dreamers go to the other side of the ocean, to Brazil. There will be my only son on the top of a mountain in Rio de Janeiro with open arms waiting for you. Go to that blessed land that has opened and still opens its arms to the sons of Lebanon. "


Roberto Khatlab is director of the Center for Studies and Cultures of Latin America at Saint-Esprit University in Kaslik (USEK), Lebanon

Fauzi Maluf (1899-1930) immigrated to São Paulo in 1921, among several literary and commercial activities founded the Zahle Club of São Paulo and participated in the foundation of Liga Andaluza.

[2] Arabic word whose translation is "Diaspora". Mahjar is translated as "emigration."

[3] Khatlab, Roberto - The voyages of D. Pedro II. Middle Oriene and North Africa, 1871 and 1876. Editora Benvirá (Saraiva), São Paulo 2015



"I swear by my relatives that I did not willingly

They are my treasure and support column

But I did not like living in my homeland.

As a slave, when I had been a master. "

Fauzi Maluf [1]






fonte: @edisonmariotti #edisonmariotti


Cultura não é o que entra pelos olhos e ouvidos,

mas o que modifica o jeito de olhar e ouvir. 

A cultura e o amor devem estar juntos.

Vamos compartilhar.

Culture is not what enters the eyes and ears, 

but what modifies the way of looking and hearing.





--br

Especial Dia Nacional da Comunidade Árabe: Vamos para a "Amrik" (América)

A história da migração e emigração na região do Oriente Médio se perde no tempo, tendo em conta os vários impérios que se sucederam no Levante, entre eles o Império Otomano (1516-1918), período  em que os libaneses e sírios foram marcados profundamente pela opressão, despotismo, feudalismo, guerras civis, massacres, problemas de ordem econômica-demográfica-política, divergências religiosas "provocadas", insegurança etc... levando, sobretudo os camponeses e parte dos intelectuais, a emigrarem para outras terras.  Assim, a partir das últimas décadas do século XIX, começou a "Grande Emigração" -   "Mahjar" -, uma verdadeira "epopeia" dos tempos modernos e uma das maiores conquistas pacíficas do mundo, formando a grande  "Djaliya"[2] libanesa, radicada  em todos os continentes e que forma hoje  um núcleo significativo em mais de 60 países.


Movimento imigratório libanês

Sem a emigração nós não poderíamos viver, mas se a emigração tornar-se maior, nós poderemos morrer..." (Michel Chiha)_

O movimento imigratório libanês é conhecido desde a época fenícia, quando a região foi invadida por outros povos. Passou por  várias etapas, sendo que a principal iniciou-se principalmente em meados do século XIX e continua até os nossos dias.

1 -  1860 a 1900: grande emigração experimental,  principalmente para a América do Norte (mais direcionada para os EUA). A partir de 1880, a emigração se dirigiu mais para a América do Sul (particularmente para o Brasil, após a visita do Imperador brasileiro Dom Pedro II ao Líbano, 1876)[3]. Nos registros libaneses constam 120 mil partidas nesta época, ou seja, uma média de 3 mil por ano. No Brasil chegaram, a partir de 1880, um total de 5.696 emigrantes. A população do Brasil em 1890 era de 14.333.915 (IBGE)

"A imigração, é uma manifestação da energia dos povos que, impelidos pela iniciativa, procuram outras terras, fugindo da opressão, buscando melhor sorte econômica ou satisfazendo ambições do espírito. Se a emigração é em massa, e de um povo numeroso, forte e bem armado, para um país mais fraco, é invasão. Mas, se é simplesmente de indivíduos sem poderio e de poucos recursos, para um país forte e rico, ela não é mais que a visita de quem procura lucro pelo comércio, trabalhando um mês ou um ano com esperança de regressar à pátria com as vantagens obtidas..." (Anis J. Racy)

2 - 1900 –1914: aumento da emigração , chegando a uma média de 15 mil partidas por ano. 4.600 libaneses chegam ao Brasil. Durante a I Guerra Mundial (1914-1918) a emigração foi interrompida.

3 -  1914 – 1939: neste período entre as duas Guerras Mundiais, o fluxo imigratório recomeçou e, inicialmente, se calculam por  volta de  9 mil partidas por ano. Entre 1914 e 1941, o Brasil registrou a entrada de  45.775 novos imigrantes libaneses. Nos anos 20, a emigração  diminuiu devido a alguns progressos no Líbano que desestimularam a emigração. A taxa de imigrantes baixou a 1.400 em 1938, época  que  trouxe de volta alguns emigrantes que deram origem a colônias de libaneses que voltavam ao Líbano, entre elas a dos líbano-brasileiros - "brasilibaneses" neologismo que criei em 1989 - , e que acabaram por influenciar também a cultura libanesa.

4 - 1939-1974: Com o início da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), a emigração foi novamente interrompida para recomeçar ao final da guerra, chegando a 4 mil por ano o número de emigrantes (mais de 30%  escolheram a direção Brasil). Com a independência do Líbano (1943) e a era dos "petrodólares", muitos libaneses emigraram para os países árabes e  o Líbano passou a ser o centro financeiro da região, o que desencorajou a emigração. Em 1944 o Brasil reconheceu a Independência do Líbano e em 1945 foram estabelecidas as Relações Diplomáticas entre o Brasil e o Líbano.

5- 1975 até nossos dias: inicia a guerra civil no Líbano (13 de abril de 1975 - 1990), o que obrigou mais de 6 mil pessoas a deixarem o país e irem para os países árabes e ocidentais. Contudo, esta é uma emigração passageira e de caráter político, e não econômico como as anteriores. Com o final da guerra civil, em 1990, muitos emigrantes retornam ao país e outros continuam partindo em busca de novos Eldorados.  Em 1993, foi estimado em  800 mil o número de libaneses que vivem no exterior.

"Uma vez um brasileiro perguntou a um libanês por que existem tantos libaneses no

Brasil, e o libanês respondeu espontaneamente:

- lá em minha pátria, no topo de uma montanha, que aos seus pés dorme o Mediterrâneo, está em pé a Virgem Maria, seus olhos abraçam o mar e com seus braços abertos diz para os libaneses:

-Vão meus filhos e sonhadores para o outro lado do oceano, para o Brasil. Lá estará meu filho único no topo de uma montanha no Rio de Janeiro de braços abertos esperando por vocês. Vão para essa terra abençoada que abriu e ainda abre seus braços para os filhos do Líbano".



Roberto Khatlab é diretor do Centro de Estudos e Culturas da América Latina na Universidade Saint-Esprit de Kaslik (USEK), Líbano

[1] Fauzi Maluf (1899-1930) imigrou para São Paulo em 1921, entre várias atividades literárias e comerciais fundou o Clube Zahle de São Paulo e participou da fundação da Liga Andaluza.

[2] Palavra árabe cuja tradução é "Diáspora". Mahjar se traduz como "emigração"..

[3] Khatlab, Roberto – As viagens de D. Pedro II. Oriene Médio e África do Norte, 1871 e 1876. Editora Benvirá (Saraiva), São Paulo 2015


"Juro por meus parentes que não os deixei de bom grado

Eles são meu tesouro e coluna de apoio

Mas desgostei de viver na minha pátria

Como escravo,  quando já tinha sido senhor".

Fauzi Maluf[1]

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