Em Choró, sertão central do Ceará, Nordeste do Brasil, tem grafitti do artista pernambucano Derlon nas comunidades de Riacho do Meio, Tauá e Quixeramobim. As obras referem-se ao sonho de moradores em textos coletivos “traduzidos” em imagens que associam street art à xilogravura.
Entre as cenas, a luta pela dignidade, desde a conquista da terra, até o aprendizado das técnicas da agroecologia, passando pela construção das primeiras moradias, das cacimbas para facilitar o acesso à água e da criação das primeiras escolas para assegurar a educação das novas gerações. Em resumo, um sonho realizado: terra para plantar, casa para morar.
O trabalho do artista foi feito em março. Como desdobramento, a exposição Ouro Branco será realizada com a técnica do lambe-lambe (papel e cola) a partir de 10 de maio nos muros da Praça Benedito Calixto em São Paulo, de 22 de maio na Galeria Artur Fidalgo no Rio de Janeiro e, no início de julho, nas ruas de Paris.
O nome da mostra tem como tema o algodão cultivado na região, cuja produção orgânica, realizada por 700 famílias, é comprada integralmente pela marca de tênis franco-brasileira VERT, que também patrocinou a residência artística de Derlon. Além do algodão agroecológico, a empresa usa borracha produzida em parceria com os seringueiros da Reserva Chico Mendes, no Acre, na região Norte.
Além de Derlon, a empresa convidou o fotógrafo Pablo Saborido e o cineasta Gonçalo Savino para documentar a relação dos moradores com as imagens produzidas pelo artista e a vida cotidiana local. As imagens também estarão na exposição Ouro Branco. Além disso, desenhos de Derlon serão usados em uma coleção de Inverno da marca.
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terça-feira, 22 de abril de 2014
No Sertão artista desenha a realização dos sonhos dos agricultores
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