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sábado, 7 de março de 2015

Cultura e cozinha brasileira - Pudim de cachaça - Mônica Rangel , do livro Interpretações de gosto ( SENAC ).

Eleito, em 2013, pela décima vez consecutiva, como melhor restaurante mineiro, o Gosto com Gosto, em Visconde de Mauá, é referência nacional e internacional. E sua história se confunde com o esforço da chef Mônica Rangel na difusão de uma culinária da terra, que vale a pena ser conhecida. No livro Interpretações do gosto – por Mônica Rangel, a autora propõe uma harmoniosa combinação da comida tradicional mineira com conceitos modernos da gastronomia brasileira. Para isso, ela tem como base sua própria história pessoal, suas memórias e vivências adquiridas em viagens que lhe permitiram entrar em contato com técnicas variadas da culinária de diferentes países.


Pudim de cachaça – com calda de melado.

A obra da Editora Senac São Paulo mostra o resultado deste trabalho: uma inovação com preservação das raízes culturais gastronômicas do Brasil. Também relata a trajetória de Mônica Rangel, que passou a infância com a mãe e a avó materna, ao pé do fogão de lenha, olhando, mexendo e provando as delícias que dele saíam. Há 20 anos, mudou-se para Visconde de Mauá, com o desafio de abrir um estabelecimento comercial para mostrar aos moradores da pequena cidade de 5 mil habitantes aquela cozinha de sua memória. O espaço, montado para ser uma despretensiosa casinha de quitutes, despontou como o reduto da profissional que representaria a gastronomia mineira do Brasil no mundo.

A culinária mineira da autora desfila entre o tradicional e o mineiro. “Quanto mais conheço outros países e outras culturas, mais fico certa de que a cozinha mineira revela uma riqueza de sabores da miscigenação cultural de povos que adentravam Minas Gerais em busca de outras riquezas e nos deixaram um imenso tesouro”, declarou. E, entre esses tesouros, Mônica destaca o angu, a gordura de porco, os ensopados e a comida de tacho e de tabuleiro.

Com fotos de Luna Garcia, Interpretações do gosto – por Mônica Rangel reúne receitas de petiscos, produtos artesanais, ingredientes da montanha, acompanhamentos, tradições e criações, doces e muito mais. Para a chef, os petiscos são a “comissão de frente de um desfile” e “dão o tom para a refeição que virá em seguida”. Entre os destaques, estão torresmo pururuca, pão de queijo, bolinhos de mandioca recheados de queijo e pastéis de angu.

A chef também ensina a fazer as linguiças artesanais, os pães caseiros e o queijo minas frescal, além de receitas com ingredientes da montanha, como o pinhão e o ora-pro-nóbis, uma trepadeira com folhas suculentas e comestíveis. Os acompanhamentos são como coadjuvantes e têm a função de realçar o sabor do produto principal, trazendo cores, texturas e formas e compondo os pratos de maneira harmoniosa. Sem esquecer das tradições: tutu de feijão, feijão tropeiro, vaca atolada e a tradicional costelinha de porco – um dos trunfos de Mônica Rangel.

Pudim de cachaça
Pudim de cachaça – com calda de melado.



Pudim de cachaça
Com base em receita de Kátia Barbosa, do Aconchego Carioca
Primeira etapa
600 ml de leite de coco
600 ml de leite
300 ml de farinha de tapioca bem fina

Segunda etapa
2 colheres (sopa) de coco ralado
1 colher (sopa) de açúcar
6 ovos inteiros
1 cálice de cachaça envelhecida
1 lata de leite condensado
Calda do pudim
200 ml de melado de cana
100 ml de cachaça envelhecida

Preparo do pudim


100 ml de melado para untar as formas

Modo de fazer
Primeira etapa

Misture todos os ingredientes e reserve por umas duas horas, até a farinha incorporar os líquidos e inchar.

Reserve.
Segunda etapa
Bata todos os ingredientes no liquidificador.
Preparo do pudim

Disponha a mistura dos ingredientes da primeira etapa e abra um buraco na massa. Acrescente a segunda mistura aos poucos até incorporar bem, de maneira uniforme.

Unte formas individuais com o melado e despeja a massa por cima.

Leve ao forno em banho-maria por cerca de 20 minutos a 180º. Deixe esfriar e desenforme.


Calda do pudim

Misture o melado com a cachaça e regue o pudim antes de servir.

fonte: @edisonmariotti #edisonmariotti http://www.gazetadopovo.com.br/blogs/panela-do-anacreon/de-linguicas-e-cachaca/

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