Esse termo é uma variação genérica atribuída aos cultos afro-brasileiros combinados com influências da religião católica, do ocultismo, de cultos ameríndios e do espiritismo.
Mãe de santo. Foto: Reprodução
Macumba!
Na “árvore genealógica” das religiões afro-brasileiras a macumba é uma ramificação do Candomblé. A prática da macumba é erroneamente associada com rituais satânicos ou de magia negra. Esta ideia preconceituosa surgiu e se intensificou em meados da década de 1920, quando as igrejas cristãs do país começaram a propagar discursos negativos sobre a macumba, considerando-a profana às leis de Deus. A designação “macumba” é mais popular no Rio de Janeiro, em outros locais do Brasil é conhecida como Candomblé (na Bahia) e Xangô (no Recife).
A introdução é o trampolim para falar de Candomblé – religião animista, original da Nigéria e República de Benin, trazida ao Brasil por africanos escravizados e aqui estabelecida, onde sacerdotes e simpatizantes encenam, em cerimônias públicas e privadas, uma convivência com as forças da natureza e ancestrais. Os seguidores do Candomblé prestam culto e adoram os Orixás – deuses africanos que representam as forças da natureza em seus quatro elementos: água, terra, fogo e ar. As características individuais dos Orixás assemelham-se aos seres humanos, identificadas pelas emoções. Estudiosos afirmam que são cerca de 400 Orixás, divididos igualmente para cada elemento da natureza. Os mais conhecidos somam 16, em ordem alfabética, são eles: Exu, Iemanjá, Iansã, Ibeji, Iroko, Logunedé, Nanã, Obá, Ogum, Olorum, Ossain, Oxalá, Oxóssi, Oxum, Oxumaré e Xangô. Esses deuses africanos são considerados intermediários entre os homens e Deus.
Parte do que foi descrito acima estará representada no sambódromo paulistano pela tradicional escola de samba Vai-Vai. Há menos de duas semanas conferi a apresentação dos pilotos, ao lado do carnavalesco Alexandre Louzada e ele confirmou: “A ideia é desenhar um terreiro na Avenida”. A fala é confirmada em um trecho da sinopse da escola.
Mãe Menininha. Foto: Reprodução
Abra a roda e faça um terreiro em pleno palco do Anhembi, onde a nossa fé se manifesta e onde a Vai-Vai faz a festa – é o Xirê das divindades no esplendor de sua beleza, com a força da Mãe Natureza, o Gantois hoje é aqui!
Ao lado do renomado Louzada estão André Marins e Junior Schall, que assinam o enredo: “No Xirê do Anhembi, a Oxum mais bonita surgiu…Menininha, mãe da Bahia, Ialorixá do Brasil”. A homenagem é voltada para um dos maiores ícones do Candomblé brasileiro, Mãe Menininha do Gantois. Com o nome de batismo Maria Escolástica da Conceição Nazaré (10-2-1894 a 13-8-1986), essa grande mulher baiana foi uma Iyálorixá (mãe-de-santo), filha de Oxum.
Filha de descendente de escravos africanos, ainda criança foi escolhida para ser Iyálorixá do terreiro Ilê Iyá Omi Axé Iyamassê, fundado em 1849 por sua bisavó.
Maria Júlia da Conceição Nazaré, cujos pais eram originários de Agbeokuta, sudoeste da Nigéria. Mãe Menininha foi iniciada no culto dos Orixás aos 8 anos de idade por sua tia-avó e madrinha de batismo, Pulchéria Maria da Conceição (Mãe Pulchéria), chamada Kekerê – em referência à sua posição hierárquica, Iyá kekerê (Mãe pequena). Menininha seria sua sucessora na função de Iyalorixá do Gantois. Em 1922, através do jogo de búzios, os Orixás Oxóssi, Xangô, Oxum e Obaluaiyê confirmaram a escolha de Menininha, então com 28 anos. Em 18 de fevereiro daquele ano, ela assume definitivamente o terreiro.
Mãe Menininha abriu as portas do Gantois aos brancos e católicos – uma abertura que, em muitos terreiros, ainda é vista com certo estranhamento. Nunca deixou de assistir à missa e até convenceu os bispos da Bahia a permitir a entrada nas igrejas de mulheres, inclusive ela, vestidas com as roupas tradicionais do Candomblé. Aos 29 anos, Menininha casou-se com o advogado Álvaro MacDowell de Oliveira, descendente de escoceses. Com ele teve duas filhas, Cleusa e Carmem.
O terreiro está localizado na rua Mãe Menininha do Gantois (antiga rua da Boa Vista, renomeada em 1986), no Alto do Gantois, bairro da Federação, em Salvador. Após a sua morte, seus filhos deixaram seu quarto intacto, com seus objetos de uso pessoal e ritualísticos. O aposento foi transformado no Memorial Mãe Menininha e é uma das grandes atrações do Gantois.
Tudo isso é somado ao reconhecimento da história vivida nos terreiros, e fez com que o Estado Nacional concedesse ao Gantois o título de Patrimônio Nacional, formalizado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico (Iphan). Sem dúvida, os costumes africanos são confirmados por meio das músicas, danças, comidas, histórias, indumentárias e da cultura dos Orixás. Mais do que uma festa. É uma função social.
fonte: @edisonmariotti #edisonmariotti
http://www.sidneyrezende.com/carnaval/sao-paulo/em-2017-vai-vai-transformara-avenida-em-terreiro/
Aurora Seles
Jornalista, com especializações no Instituto de Psicologia da USP e em Marketing e Comunicação Publicitária pela Faculdade Cásper Líbero. Bacharelanda em Direito. Professora e profissional de comunicação. Foi assessora de imprensa da Tom Maior, Rosas de Ouro e Vai-Vai. Coautora do livro SOFIA Belas Artes - Encontro de Saberes: Artes, Arquitetura, Saúde, Ciências Sociais e Humanas, lançado em dezembro/2015
Cultura e conhecimento são ingredientes essenciais para a sociedade.
A cultura e o amor devem estar juntos.
Vamos compartilhar.
O tempo voa, obras de arte são para a eternidade, sem rugas!
--in via tradutor do google
In 2017, the Vai-Vai Samba School will transform the Avenue into a terreiro.
This term is a generic variation attributed to the Afro-Brazilian cults combined with influences of the catholic religion, the occult, Amerindian cults and spiritism.
Macumba!
In the "genealogical tree" of the Afro-Brazilian religions the macumba is a branch of Candomblé. The practice of macumba is mistakenly associated with satanic rituals or black magic. This prejudiced idea arose and intensified in the mid-1920s, when the country's Christian churches began to spread negative discourses about macumba, regarding it as being profane to the laws of God. The name "macumba" is more popular in Rio de Janeiro, in other places in Brazil it is known as Candomblé (in Bahia) and Xangô (in Recife).
The introduction is the springboard to talk about Candomblé - animist religion, original from Nigeria and Benin, brought to Brazil by enslaved Africans and established here, where priests and sympathizers stage, in public and private ceremonies, a coexistence with the forces of nature And ancestors. The followers of Candomblé worship and worship the Orixás - African gods who represent the forces of nature in their four elements: water, earth, fire and air. The individual characteristics of Orixás resemble humans, identified by emotions. Scholars claim that there are about 400 Orixas, equally divided for every element of nature. The best known are 16, in alphabetical order, they are: Exu, Iemanj, Iansã, Ibeji, Iroko, Logunedé, Nanã, Obá, Ogum, Olorum, Ossain, Oxalá, Oxóssi, Oxum, Oxumaré and Xangô. These African gods are considered intermediaries between men and God.
Part of what was described above will be represented in the São Paulo sambadrome by the traditional Vai-Vai samba school. Less than two weeks ago I checked the presentation of the pilots, next to the carnival Alexandre Louzada and he confirmed: "The idea is to design a terreiro on the Avenue." The speech is confirmed in an excerpt from the synopsis of the school.
Open the wheel and make a terreiro in full stage of the Anhembi, where our faith is manifested and where the Go-Go makes the party - is the Xirê of the deities in the splendor of its beauty, with the force of Mother Nature, the Gantois today is here!
Alongside the renowned Louzada are André Marins and Junior Schall, who sign the plot: "At Xirê do Anhembi, the most beautiful Oxum came ... Menininha, mother of Bahia, Ialorixá do Brasil." The homage is aimed at one of the greatest icons of the Brazilian Candomblé, Mãe Menininha do Gantois. With the baptism name Maria Escolástica da Conceição Nazaré (10-2-1894 to 13-8-1986), this great Bahian woman was an Iyálorixá (mother-of-santo), daughter of Oxum.
Daughter of a descendant of African slaves, as a child she was chosen to be Iyálorixá from the terreiro Ilê Iyá Omi Ax Iyamassê, founded in 1849 by her great-grandmother.
Maria Júlia da Conceição Nazaré, whose parents were from Agbeokuta, southwest Nigeria. Mãe Menininha was initiated in the cult of the Orixás at the age of 8 by her great-aunt and godmother of baptism, Pulchéria Maria da Conceição (Mother Pulchéria), called Kekerê - in reference to its hierarchical position, Iyá kekerê (Small Mother). Menininha would be his successor in the function of Iyalorixá do Gantois. In 1922, through the game of Búzios, Orixás Oxóssi, Xangô, Oxum and Obaluaiyê confirmed the choice of Menininha, then 28 years old. On February 18 of that year, she definitely took over the terreiro.
Mother Menininha opened the doors of Gantois to whites and Catholics - an opening that, in many terreiros, is still seen with a certain strangeness. He never ceased to attend Mass and even persuaded the bishops of Bahia to allow women to enter the churches, including her, dressed in traditional Candomblé clothes. At age 29, Menininha married lawyer Álvaro MacDowell de Oliveira, a descendant of Scots. With him he had two daughters, Cleusa and Carmem.
The terreiro is located in the street Mãe Menininha do Gantois (old street of the Boa Vista, rename in 1986), in Alto do Gantois, district of the Federation, in Salvador. After his death, his children left their room intact, with their objects of personal and ritualistic use. The room has been transformed into the Mãe Menininha Memorial and is one of the great attractions of Gantois.
All this is added to the recognition of the history lived in the terreiros, and caused the National State to grant to the Gantois the title of National Patrimony, formalized by the Institute of Historical and Artistic Patrimony (Iphan). Undoubtedly, African customs are confirmed through songs, dances, food, stories, clothing and the culture of the Orixás. More than a party. It is a social function.
--chines simplificado via tradutor do google
在2017年的桑巴学校VAI-VAI,将改造大道进了院子。
打开轮,并就安汉比,我们的信仰表达的阶段院子的地方去去是党 - 在它的美的辉煌神灵的Xirê,与大自然的Gantois今天的力量正是在这里!
除了著名的Louzada是安德烈Marins和初级汤若望,谁订阅了剧情:“在安汉比Xirê,最美丽的Oshun来了...... Menininha,巴西巴伊Ialorixá的母亲。”贡正面临巴西Candomblé,妈妈Menininha Gantois最大的图标之一。随着第一个名字玛丽亚·达孔塞桑学术拿撒勒(1894年10月2日至13-8-1986),这个伟大的Bahian女人受到一项iyalorisha(母圣人),Oshun的女儿。
非洲奴隶的女儿的后代,一个孩子被选为院子里iyalorisha ILE祖谷尾身幸次斧Iyamassê,由他的曾祖母成立于1849年。
玛丽亚·朱莉娅·达孔塞桑拿撒勒,其父母分别来自Agbeokuta,尼日利亚西南部。母亲Menininha开始的Orishas的崇拜到8岁的她的姑婆和洗礼的教母,普尔喀丽亚玛丽亚·达孔塞桑(母亲普尔喀丽亚)呼吁Kekere - 在引用他们的等级地位,祖谷Kekere(小母)。小女孩是他在Iyalorisha Gantois功能的继任者。 1922年,通过外壳的比赛中,OxóssiOrisha的,Shango,Oshun和Babalu酒店 - 埃证实Menininha的选择,那么28。在这一年的2月18日,这绝对需要的院子里。
母亲Menininha Gantois门打开白人和天主教徒 - 在许多宗教团体,仍然具有一定的陌生感观看的差距。他从来没有参加弥撒,甚至说服巴伊亚主教,允许妇女在教会,包括她在Candomblé的传统服装穿着的条目。 29岁,已婚Menininha律师阿尔瓦罗·麦克道威尔奥利维拉,苏格兰人的后裔。与他有两个女儿,Cleoza和卡门。
院子里坐落在街上母亲Menininha Gantois(仿古街博阿维斯塔,1986年更名),在高Gantois,联合会居委会在萨尔瓦多。他去世后,他的孩子离开了他的房间完好,个人物品和仪式中使用。房间被改造成纪念母亲Menininha,是伟大的景点Gantois之一。
所有这一切,再加上承认历史的住在码,并取得了民族国家授予Gantois国家遗产的称号,被历史和艺术遗产研究所(IPHAN)正式化。毫无疑问,非洲海关通过歌曲,舞蹈,美食,故事的的Orishas的服饰和文化的证实。超过一个党。这是一个社会的功能。
--chines simplificado via tradutor do google
在2017年的桑巴学校VAI-VAI,将改造大道进了院子。
打开轮,并就安汉比,我们的信仰表达的阶段院子的地方去去是党 - 在它的美的辉煌神灵的Xirê,与大自然的Gantois今天的力量正是在这里!
除了著名的Louzada是安德烈Marins和初级汤若望,谁订阅了剧情:“在安汉比Xirê,最美丽的Oshun来了...... Menininha,巴西巴伊Ialorixá的母亲。”贡正面临巴西Candomblé,妈妈Menininha Gantois最大的图标之一。随着第一个名字玛丽亚·达孔塞桑学术拿撒勒(1894年10月2日至13-8-1986),这个伟大的Bahian女人受到一项iyalorisha(母圣人),Oshun的女儿。
非洲奴隶的女儿的后代,一个孩子被选为院子里iyalorisha ILE祖谷尾身幸次斧Iyamassê,由他的曾祖母成立于1849年。
玛丽亚·朱莉娅·达孔塞桑拿撒勒,其父母分别来自Agbeokuta,尼日利亚西南部。母亲Menininha开始的Orishas的崇拜到8岁的她的姑婆和洗礼的教母,普尔喀丽亚玛丽亚·达孔塞桑(母亲普尔喀丽亚)呼吁Kekere - 在引用他们的等级地位,祖谷Kekere(小母)。小女孩是他在Iyalorisha Gantois功能的继任者。 1922年,通过外壳的比赛中,OxóssiOrisha的,Shango,Oshun和Babalu酒店 - 埃证实Menininha的选择,那么28。在这一年的2月18日,这绝对需要的院子里。
母亲Menininha Gantois门打开白人和天主教徒 - 在许多宗教团体,仍然具有一定的陌生感观看的差距。他从来没有参加弥撒,甚至说服巴伊亚主教,允许妇女在教会,包括她在Candomblé的传统服装穿着的条目。 29岁,已婚Menininha律师阿尔瓦罗·麦克道威尔奥利维拉,苏格兰人的后裔。与他有两个女儿,Cleoza和卡门。
院子里坐落在街上母亲Menininha Gantois(仿古街博阿维斯塔,1986年更名),在高Gantois,联合会居委会在萨尔瓦多。他去世后,他的孩子离开了他的房间完好,个人物品和仪式中使用。房间被改造成纪念母亲Menininha,是伟大的景点Gantois之一。
所有这一切,再加上承认历史的住在码,并取得了民族国家授予Gantois国家遗产的称号,被历史和艺术遗产研究所(IPHAN)正式化。毫无疑问,非洲海关通过歌曲,舞蹈,美食,故事的的Orishas的服饰和文化的证实。超过一个党。这是一个社会的功能。
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