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quarta-feira, 14 de junho de 2017

City Council takes a Doi Codi building, in the south zone of São Paulo, Brasil. --- Conselho Municipal tomba prédio do Doi Codi, na zona sul de São Paulo Publicado em junho 13, 2017 por Gilberto Natalini.

Conpresp, the organ responsible for the preservation of the municipal patrimony, decided to overturn all the old DOI-Codi facilities. The site was already listed by the Condephaat (state body of heritage) and had the new tipping published in the "Official Gazette" last Saturday (10).


The tipping took place after the request of the current Secretary of the Environment and the Environment, Gilberto Natalini, who at that time as councilman, presided over the Truth Commission of the São Paulo City Council.




"I am happy with the overturning of Doi Codi's premises by CONPRESP. The site needs to be preserved as an example of what should never happen in Brazil, "said Gilberto Natalini- former chairman of the Truth Commission of the São Paulo City Council, licensed councilor and Municipal Secretary of Green and Environment.

The old DOI-Codi facilities include properties located between Tutóia, Tomás Carvalhal and Coronel Paulino Carlos, in Paraíso (South Zone). Among them, the intelligence sector of DOI-Codi, the 36th DP, the courtyard in the central sector of the set, the lodging building and the guaritas.

The publication points to the importance of preserving space, as it is a "symbolic place of violation of human rights and deprivation of liberty during the period of the Civil-Military Dictatorship and that the buildings and spaces there remaining are the physical support to the memory of repression and Of resistance ". The facilities in the south were used to arrest and torture opponents of the dictatorship.


DOI-CODI
Deployment of Information Operations - Internal Defense Operations Center (DOI-CODI) was a subordinate body to the Army, of intelligence and repression of the Brazilian government during the regime inaugurated with the military coup of 1964. Destined to fight internal enemies that, supposedly , Would threaten national security, such as that of other Brazilian repression agencies in the period, its philosophy of action was based on the National Security Doctrine, formulated in the context of the Cold War on the banks of the National War College, an American institution, and deepened , In Brazil, by the Superior School of War (ESG).

The DOI-CODI emerged from Operation Bandeirante (OBAN), created on July 2, 1969 in São Paulo, with the objective of coordinating and integrating the actions of the repression organs to individuals or organizations (more specifically the groups of the armed left ) Which represent a threat to the maintenance of the regime's security. In September 1970, two organs directly linked to the Army were created: the Operations and Intelligence Detachment (DOI), responsible for the practical actions of search, seizure and interrogation of suspects, and the Internal Defense Operations Center (CODI). Whose functions included the analysis of information, the coordination of the various military organs and the strategic planning of the fight against the leftist groups. Although they were two distinct organs, they were often associated in the acronym DOI-CODI, which reflected the complementary nature of the two organs. The creation of DOI-CODI represented the "institutionalization" of OBAN, although it was not based on a law or a decree, but on secret directives formulated by the National Security Council and approved by the President of the Republic, General Emílio Garrastazu Médici. Despite this, DOI-CODI had more prestige and power than other security agencies, and DOI-CODIs were created in the main Brazilian states. It should be noted that, hierarchically, DOIs were subordinated to CODIs. Therefore, the most appropriate connection would be "CODI-DOI".

The DOIs were commanded by Army infantry majors and, in addition to the military of the three Armed Forces, brought together members of state military police and civilian police.

The structure was modified several times, in its final version had sections of investigation, information and analysis, search and seizure, and administration. The investigative section consisted of agents who were supposed to follow suspects, observe hiding places, and find clues, but did not engage in captures; Was composed of cells of two people, with a car (usually a fusca) with radio. The number of cells varied, according to the police station, reaching a maximum of twelve. The search and seizure section made the arrests, was divided into three groups, consisting of four groups with three to five agents with trucks or four-door cars. The information and analysis section was in the police station itself and had two wings, one of analysis that studied the information collected, kept records and photographs of suspects and militants and another handled the interrogations. The subsection of interrogatories had 36 people in six classes, half took care of the preliminary interrogation, the other took care of the bureaucratic part.

The chiefs of interrogation were officers of the armed forces with rank of captain, preferably with a course of improvement and diploma of administration or economy. In the 1970s, it became mandatory to use a codename, even though some officers were identified.
Sao Paulo

Established in practically all states of the federation, in São Paulo, its facilities were located at Rua Tutóia, in the neighborhood of Paraíso, where the 36th police district currently operates. The São Paulo command was given to Carlos Alberto Brilhante Ustra, 38, who until then had had a banal career. Until it was transferred to Brasília in December of 1974, they passed through DOI of Ustra two thousand prisoners.


It was in the offices of DOI-CODI, II São Paulo Army, that the journalist Vladimir Herzog, director of journalism for TV Cultura, died in 1975. At the time, although the thesis had little credibility with society, the military authorities sought, with the aid of a badly mounted photograph and an award signed by former medical examiner Harry Shibata, to classify the episode as "suicide." On the eve of Vladimir Herzog, in response to a call from the Second Army for clarification, he went to the place where he would later be tortured and murdered by his own means.




fonte: @edisonmariotti #edisonmariotti

Cultura não é o que entra pelos olhos e ouvidos,
mas o que modifica o jeito de olhar e ouvir. 
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but what modifies the way of looking and hearing.


--br
Conselho Municipal tomba prédio do Doi Codi, na zona sul de São Paulo
Publicado em junho 13, 2017 por Gilberto Natalini.

O Conpresp, órgão responsável pela preservação do patrimônio municipal, decidiu tombar o conjunto das antigas instalações do DOI-Codi. O local já era tombado pelo Condephaat (órgão estadual do patrimônio) e tiveram o novo tombamento publicado no “Diário Oficial” do último sábado (10).

O tombamento aconteceu após solicitação por ofício do atual secretário do Verde e do Meio Ambiente, Gilberto Natalini, que na época enquanto vereador, presidia a Comissão da Verdade da Câmara Municipal de São Paulo.

“Estou feliz com o tombamento das dependências do Doi Codi pelo CONPRESP. O local precisa ser preservado como exemplo do que nunca mais deverá acontecer no Brasil”, disse Gilberto Natalini- ex presidente da Comissão da Verdade da Câmara Municipal de São Paulo, Vereador licenciado e Secretário Municipal do Verde e do Meio Ambiente.

As antigas instalações do DOI-Codi incluem imóveis localizados entre as ruas Tutóia, Tomás Carvalhal e Coronel Paulino Carlos, no Paraíso (zona sul). Entre eles, o do setor de inteligência do DOI-Codi, o do 36º DP, o pátio no setor central do conjunto, o prédio de alojamento e as guaritas.

A publicação aponta a importância da preservação do espaço, por ser um ” local simbólico de violação dos Direitos Humanos e privação de liberdade durante o período da Ditadura Civil-Militar e que os edifícios e espaços ali remanescentes são o suporte físico à memória da repressão e da resistência”. As instalações na zona sul foram usadas para prender e torturar opositores da ditadura.



DOI-CODI
Destacamento de Operações de Informação - Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-CODI) foi um órgão subordinado ao Exército, de inteligência e repressão do governo brasileiro durante o regime inaugurado com o golpe militar de 1964. Destinado a combater inimigos internos que, supostamente, ameaçariam a segurança nacional, como a de outros órgãos de repressão brasileiros no período, a sua filosofia de atuação era pautada na Doutrina de Segurança Nacional, formulada no contexto da Guerra Fria nos bancos do National War College, instituição norte-americana, e aprofundada, no Brasil, pela Escola Superior de Guerra (ESG).

O DOI-CODI surgiu a partir da Operação Bandeirante (OBAN), criada em 2 de julho de 1969 em São Paulo, com o objetivo de coordenar e integrar as ações dos órgãos de repressão a indivíduos ou organizações (mais especificamente os grupos da esquerda armada) que representassem ameaça à manutenção da segurança do regime. Em setembro de 1970, foram criados dois órgãos diretamente ligados ao Exército: o Destacamento de Operações e de Informações (DOI), responsável pelas ações práticas de busca, apreensão e interrogatório de suspeitos, e o Centro de Operações de Defesa Interna (CODI), cujas funções abrangiam a análise de informações, a coordenação dos diversos órgãos militares e o planejamento estratégico do combate aos grupos de esquerda. Embora fossem dois órgãos distintos, eram frequentemente associados na sigla DOI-CODI, o que refletia o caráter complementar dos dois órgãos. A criação do DOI-CODI representou a "institucionalização" da OBAN, embora não tivesse sido baseada em lei ou um decreto, mas em diretrizes secretas, formuladas pelo Conselho de Segurança Nacional e aprovadas pelo presidente da República, o general Emílio Garrastazu Médici. Apesar disso, o DOI-CODI possuía mais prestígio e poder que os outros órgãos de segurança, sendo que foram criados DOI-CODIs nas principais de estados brasileiros. Observe-se que, hierarquicamente, os DOIs eram subordinados aos CODIs. Portanto, a conexão mais apropriada seria "CODI-DOI".

Os DOI eram comandados por majores de infantaria do Exército e, além de militares das três Forças Armadas, reuniam integrantes das polícias militares estaduais e das polícias civis.

A estrutura foi modificada diversas vezes, em sua versão final possuía seções de investigação, informações e análise, busca e apreensão, e administração. A seção de investigação era composta de agentes que deveriam seguir suspeitos, observar esconderijos e encontrar pistas, mas não se envolvia em capturas; era composta de células de duas pessoas, com um automóvel (normalmente um fusca) com rádio. O número de céluas variava, segundo a delegacia, chegando no máximo a doze. A seção de busca e apreensão fazia as prisões, era dividida em três grupamentos, formado por quatro grupamentos com três a cinco agentes com caminhonetes ou carros quatro portas. A seção de informação e análise ficava na própria delegacia e tinha duas alas, uma de análise que estudava as informações coletadas, mantinha fichas e fotografias de suspeitos e militantes e outra cuidava dos interrogatórios. A subseção de interrogatórios tinha 36 pessoas em seis turmas, metade cuidava do interrogatório preliminar, a outra cuidava da parte burocrática.

Os chefes de interrogatórios eram oficiais das forças armadas com posto de capitão, de preferência com curso de aperfeiçoamento e diploma de administração ou economia. Nos anos de 1970, tornou-se obrigatório o uso de codinome, mesmo assim alguns oficiais foram identificados.
São Paulo

Estabelecido em praticamente todos os estados da federação, em São Paulo as suas instalações eram localizadas na Rua Tutóia, no bairro do Paraíso, onde atualmente funciona o 36° distrito policial. O comando de São Paulo foi dado ao Carlos Alberto Brilhante Ustra, de 38 anos, que até ali tinha tido uma carreira banal. Até ser transferido para Brasília, em dezembro de 1974, passaram pelo DOI de Ustra dois mil presos.


Foi nas dependências do DOI-CODI, no II Exército de S. Paulo, que ocorreu a morte, em 1975, do jornalista Vladimir Herzog, diretor de jornalismo da TV Cultura. Na época, apesar da tese ter pouca credibilidade perante a sociedade, as autoridades militares procuraram, com o auxílio de uma fotografia mal montada e de um laudo assinado pelo ex-médico legista Harry Shibata, classificar o episódio como "suicídio". Na véspera Vladimir Herzog, atendendo a uma convocação do II Exército para prestar esclarecimentos, dirigiu-se por seus próprios meios ao local onde viria a ser posteriormente torturado e assassinado.

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