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domingo, 12 de novembro de 2017

France broadens its influence in the Middle East with Abu Dhabi's Louvre. - França amplia influência no Oriente Médio com Louvre de Abu Dhabi.

Ten years after the signing of a government contract between France and the United Arab Emirates in March 2007, the Louvre Abu Dhabi Museum opens its doors to the public on Saturday (11), on the island of Saadiyat in the Persian Gulf. The festivities will last three days, with concerts and dance shows by artists of various nationalities. The realization of this pharaonic project has political, economic and cultural repercussions for both countries.

With the inauguration of the Louvre Abu Dhabi, France extends its influence in a strategic region of the world in several aspects. In addition to demonstrating its technical ability to create artistic poles anywhere in the world, the country establishes a cultural bridge with the Muslim world, at a moment of threat of a return to obscurantism.

Paris has found in the Abu Dhabi government a reliable partner and has demonstrated, over a decade marked by controversy over the design of the new museum, the determination necessary to achieve a majestic complex.


Entrance of the Louvre Abu Dhabi in the United Arab Emirates.

Betting on future generations

On the Arab side, the bet is made on behalf of future generations and the tourism sector. In recent years, Abu Dhabi has enjoyed an important leisure infrastructure. The island of Saadiyat, in Portuguese island of Happiness, cultural district where the Arabian Louvre was built, and the island of Yas, with an important archaeological heritage in the oasis of Al Ain, attract tourists interested in beach and desert programs. The cultural offer of the Louvre Abu Dhabi adds prestige to the capital.

One of the most open countries for Western culture in the Gulf region, the United Arab Emirates has been investing for several years in the image of a destination of reference for international exchange. In addition to the museum designed by the Frenchman Jean Nouvel, Saadiyat Island, dedicated to the arts and culture, will feature the Zayed National Museum, designed by another contemporary architectural exponent, the British Lord Norman Foster, and the Guggenheim Abu Dhabi, of the Canadian naturalized American Frank Gehry.

The New York University Abu Dhabi, a free university of arts and sciences, and British private school Cranleigh Abu Dhabi complete the educational offer.

Advantageous agreement for French museums

The current president of the Louvre of Paris, Jean-Luc Martinez, guarantees that the proposal left the Middle East. "The Abu Dhabi government has conceived a project thinking about future generations and invests in youth education," says Martinez. The choice of the French architect Jean Nouvel would also have been a decision of the Arab authorities.

In spite of the protests of former directors of several French museums, who have been associated with a job full of political and technical risks - such as lending works from their collections to a country where the temperature often exceeds 40 ° C and without tradition the proposal fell like a glove for the French public coffers, in difficulty to sustain their expensive cultural action in France.

The French Agency for Museums (AFM), responsible for the maintenance and management of the artistic assets of 17 large institutions (Museus d'Orsay and Pompidou, National Library, Castle of Versailles, among others), will rebound the trifle of € 1 billion (about R $ 3.8 billion) over the next 30 years.

In addition to this appetizing amount, the Abu Dhabi government fully funded the € 600 million spent on the construction of the museum. He also paid € 400 million for the use of the Louvre brand until 2037 and € 25 million as an exceptional donation on the sidelines of the 2007 agreement to finance the reforms of the Flore wing of the Louvre Museum in Paris.

It is what is called an agreement in which the two parties win. As an anecdote, the French press pointed out that President Emmanuel Macron, who has only been in power since May of this year, was still lucky enough to inaugurate this prestigious work, which makes France once again shine for the promotion of culture and education around the world.








http://br.rfi.fr/cultura/20171110-franca-amplia-influencia-no-oriente-medio-com-louvre-de-abu-dhabi

Cultura não é o que entra pelos olhos e ouvidos,
mas o que modifica o jeito de olhar e ouvir. 

A cultura e o amor devem estar juntos.
Vamos compartilhar.

Culture is not what enters the eyes and ears, 
but what modifies the way of looking and hearing.



--BR
França amplia influência no Oriente Médio com Louvre de Abu Dhabi.

Dez anos depois da assinatura de um contrato governamental entre a França e os Emirados Árabes Unidos, em março de 2007, o Museu Louvre Abu Dhabi abre suas portas ao público neste sábado (11), na ilha de Saadiyat, no Golfo Pérsico. As festividades vão durar três dias, com shows e espetáculos de dança de artistas de várias nacionalidades. A concretização desse projeto faraônico tem repercussões políticas, econômicas e culturais para os dois países.

Com a inauguração do Louvre Abu Dhabi, a França amplia sua influência em uma região do mundo estratégica sob vários aspectos. Além de demonstrar sua capacidade técnica na criação de polos artísticos em qualquer parte do mundo, o país estabelece uma ponte cultural com o mundo muçulmano, num momento de ameaça de retorno ao obscurantismo.

Paris encontrou no governo de Abu Dhabi um parceiro confiável e que demonstrou, ao longo de uma década marcada por polêmicas em torno do projeto do novo museu, a determinação necessária à concretização de um complexo majestoso.

imagem
Entrada do Louvre Abu Dhabi nos Emirados Árabes Unidos.

Aposta nas futuras gerações

Do lado árabe, a aposta é feita em nome das futuras gerações e do setor do turismo. Abu Dhabi se dotou, nos últimos anos, de uma infraestrutura de lazer importante. A ilha de Saadiyat, em português ilha da Felicidade, distrito cultural onde o Louvre árabe foi construído, e a ilha de Yas, com um importante patrimônio arqueológico no oásis de Al Ain, atraem turistas interessados em programas de praia e deserto. A oferta cultural do Louvre Abu Dhabi acrescenta prestígio à capital.

Um dos países mais abertos à cultura ocidental na região do Golfo, os Emirados Árabes Unidos investem há vários anos na imagem de destino de referência para o intercâmbio internacional. Além do museu concebido pelo francês Jean Nouvel, a ilha de Saadiyat, dedicada às artes e à cultura, contará a termo com o Zayed National Museum, projetado por outro expoente da arquitetura contemporânea, o britânico Lorde Norman Foster, e o Guggenheim Abu Dhabi, do canadense naturalizado americano Frank Gehry.

A New York University Abu Dhabi, uma universidade livre de artes e ciências, e escola britânica privada Cranleigh Abu Dhabi completam a oferta educacional.

Acordo vantajoso para os museus franceses

O atual presidente do Louvre de Paris, Jean-Luc Martinez, garante que a proposta partiu do Oriente Médio. "O governo de Abu Dhabi concebeu um projeto pensando nas futuras gerações e investe na educação da juventude", afirma Martinez. A escolha do arquiteto francês Jean Nouvel também teria sido uma decisão das autoridades árabes.

Apesar dos protestos de ex-diretores de vários museus franceses, que se viram associados a uma empreitada repleta de riscos políticos e técnicos – como o empréstimo de obras de seus acervos para um país em que a temperatura ultrapassa com frequência 40°C e sem tradição museológica – ,a proposta caiu como uma luva para os cofres públicos franceses, em dificuldades para sustentar sua dispendiosa ação cultural na França.

Com os empréstimos de obras ao Louvre Abu Dhabi e a cooperação técnica das equipes francesas na montagem de exposições, a Agência Francesa de Museus (AFM), responsável pela manutenção e gestão do acervo artístico de 17 grandes instituições (Museus d’Orsay e Pompidou, Biblioteca Nacional, Castelo de Versalhes, entre outros), irá rebecer a bagatela de € 1 bilhão (cerca de R$ 3,8 bilões) nos próximos 30 anos.

Além dessa quantia apetitosa, o governo de Abu Dhabi financiou integralmente os € 600 milhões gastos na construção do museu. Pagou ainda € 400 milhões pelo uso da marca Louvre até 2037 e € 25 milhões, a título de doação excepcional, à margem do acordo de 2007, para financiar as reformas da ala Flore do Museu do Louvre de Paris.

É o que se chama de um acordo em que as duas partes saem ganhando. A título de anedota, a imprensa francesa destacou que o presidente Emmanuel Macron, no poder apenas desde o mês de maio deste ano, ainda teve a sorte de inaugurar essa obra prestigiosa, que faz a França mais uma vez brilhar pela promoção da cultura e da educação ao redor do mundo.








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