Os escolhidos terão ajuda de custo para dar aulas na universidade entre outubro deste ano e junho de 2019. A instituição fica na cidade de Assuã, no sul do Egito, a 950 quilômetros do Cairo.
A universidade criou seu curso de Língua e Literaturas de Língua Portuguesa em 2015 e em maio deste ano forma a primeira turma. Desde o início, brasileiros estão entre os professores. Além de dar aulas, os selecionados são incentivados a produzir pesquisas durante o tempo no Egito e a participar de eventos voltados ao tema.
Para se candidatar é preciso ter graduação e mestrado em letras, literatura, língua Portuguesa ou áreas afins. O professor também deve saber se comunicar minimamente em inglês e ter disponibilidade para aprender o idioma árabe e suas culturas durante a estadia. Há preferência para pessoas com experiência em ensino e também é pedido que o candidato saiba lidar respeitosamente com uma cultura diferente.
Além de dar aulas, os escolhidos terão que prepará-las, elaborar e corrigir provas, cooperar com outros professores, fazer relatório ao final do período sobre o ensino e a pesquisa desenvolvida, participar da formulação de materiais didáticos e representar o Departamento de Língua Portuguesa em atividades acadêmicas.
A ajuda de custo mensal será de 3.600 libras egípcias (o equivalente a cerca de US$ 200 pela conversão atual). O professor também terá transporte até a universidade, vaga na residência de professores da universidade e certificado da experiência e da conclusão do estágio da instituição de ensino. O Egito tem custo de vida baixo.
O coordenador do Departamento de Língua Portuguesa da Universidade de Assuã, Maged ElGebaly, é um entusiasta da participação dos brasileiros no ensino local. “É uma troca diária de experiências e saberes, um apoio mútuo entre dois povos frente à nova realidade que nos apresenta a globalização, com desafios e aprendizados diários”, afirma.
O curso faz parte da Faculdade de Al Alsun (Línguas) da Universidade de Assuã. De acordo com ElGebaly, a presença de professores do Brasil na instituição de ensino nestes últimos três anos deu possibilidade aos estudantes de terem acesso à diversidade brasileira, já que eles eram de diferentes regiões do País.
Foi ainda uma oportunidade para a internacionalização dos pesquisadores brasileiros, segundo ele. “Pesquisar e publicar em conjunto desde a epistemologia do sul dá ao processo da internacionalização outro sabor, novas ideias, é um diálogo Sul-Sul”, diz o egípcio, se referindo a como é chamada a relação entre países em desenvolvimento.
A cidade de Assuã fica em um local histórico e estratégico, pois está próxima do Sudão e de portos do Mar Vermelho. “É um ponto de encontro entre árabes e africanos, à beira do rio Nilo, é considerada a capital cultural da África”, afirma ElGebaly, lembrando que o local é ponto de passagem de mercadorias para mercados africanos.
Para se candidatar à experiência em Assuã é preciso enviar currículo com uma carta de intenções para o e-mail aswanportugues@gmail.com - Os candidatos selecionados serão chamados para entrevista por Skype e o resultado sai a partir de 20 de julho.
Cultura não é o que entra pelos olhos e ouvidos,
mas o que modifica o jeito de olhar e ouvir.
A cultura e o amor devem estar juntos.
Vamos compartilhar.
Culture is not what enters the eyes and ears,
but what modifies the way of looking and hearing
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