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terça-feira, 23 de junho de 2015

Erguida à base de muito idealismo, a Coluna Miguel Costa Prestes, mais conhecida como Coluna Prestes, foi um movimento de oposição à República Velha e às classes dominantes da época. Aproximadamente 1,5 mil militantes percorreram 25 mil quilômetros em todo o país e Mato Grosso também foi destino dos revolucionários.

Coluna Prestes é tema de exposição em Museu de Arte de Mato Grosso


A passagem pelo Estado de um grande grupo idealista, integrante da Coluna Prestes, movimento importante da história brasileira, inspirou dez artistas mato-grossenses a pintarem sobre o percurso e personagens do movimento. As telas idealizadas a partir da temática, de Adir Sodré, Dalva de Barros, Gervane de Paula, Jonas Barros, Vitória Basaia, Regina Pena, Carlos Lopes, Benedito Nunes, Carlinhos da Chapada e João Sebastião estão em cartaz na exposição “Caminhos da Coluna Prestes”, que começou na última sexta-feira (19) e segue até o dia 28 de junho, no Museu de Arte de Mato Grosso. 




De acordo com a curadora da mostra e diretora executiva do museu, Viviene Lozi, o acervo resgata uma história de amor, luta legítima do povo e a invencibilidade, além do idealismo e a utopia que inspirava seus integrantes, lideranças que foram conduzidas pelo “Cavaleiro da Esperança”, como foi chamado um dos principais líderes da revolta que se deu entre os anos de 1925 e 1927, Luis Carlos Prestes. 

Coluna Prestes é tema de exposição em Museu de Arte de Mato Grosso

“Em Mato Grosso, na etapa final ela cruzou territórios de grande valor turístico e cultural a exemplo de Nobres e Chapada dos Guimarães, entre outros municípios. Na travessia do Pantanal, a Coluna encontrou uma das maiores dificuldades de toda a marcha: a força da natureza pantaneira”, conta Viviene. 

Ela relembra que historicamente, a Coluna foi o pontapé para a queda da República Velha e para a Revolução de 30 e que dela participaram alguns mato-grossenses, como Filinto Muller e Mário Spinelli, pai do conselheiro aposentado do Tribunal de Contas de Mato Grosso, Ubiratan Spinelli. “Foi a partir de Mato Grosso que a coluna seguiu para o Norte e o Nordeste do país”, resgata. 

As obras que compõem a exposição “Caminhos da Coluna Prestes” foram encomendadas para artistas que possuem estilos e formas diferentes, mas que tem em comum uma forte carga regional, sem deixar de serem universais. Todos são bem conhecidos no Estado e fora dele: “Todos toparam participar, à sua maneira, de uma forma diferente de registrar a passagem da Coluna por um Estado ainda uno” diz Viviene. 

Vale ressaltar que a exposição foi montada especialmente para o 23º Festival de Inverno de Chapada dos Guimarães no ano de 2007, em que foi intitulada “Caminhos de Guimarães”. A coleção que dá origem à nova mostra, pertence à Secretaria de Cultura, Turismo e Meio Ambiente de Chapada dos Guimarães e atualmente está sobre salvaguarda do Museu de Arte de Mato Grosso. 

Água de Viver

A exposição “Água de Viver” também segue em cartaz até o dia 28 de junho. Composta por 53 fotografias a exposição está distribuída por diversos espaços do museu, em suportes e formas distintos, como adesivos, lonas e duas instalações. 

Com belos e alarmantes cenários, os fotógrafos Izan Petterle, José Medeiros e Mario Friedlander estimulam a reflexão para o uso consciente da água. 

fonte: @edisonmariotti #edisonmariotti http://www.olhardireto.com.br/


Serviço
Museu de Arte de Mato Grosso 
Horário: de terça-feira a domingo, das 9 às 17h 
Endereço: rua Barão de Melgaço, 3565 
Telefone: 65 3025-3221

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