Society, politics, social networks and even art were contaminated by a "virus" born of audience ratings and system algorithms. It is called the "Influenza Quantitas", the provisional name I gave to it, since this infectious agent leads our world to be governed by the "law of large numbers." It causes a viral illness that causes people to lose, definitively or circumstantially, the ability to discern quantity of quality.
picture 1
Yesterday (11) was inaugurated, in the Grand Palais in Paris, "Gauguin the alchemist", exhibition also touched by the virus. Made just to surprise, the show brings together prodigious works but privileges the quantification to the detriment of the qualification, away from the aesthetic complexity of the artist.
It is known that search engines give visibility to what does not necessarily have superiority, that personal pages on the Internet do not indicate importance, that newspaper articles and television programs do not measure quality, that the "evaluations" of hotels, restaurants, products, etc. they can be liars; that there are "likes" and "click" factories, that even a fake profile can reach millions of Twitter followers or five thousand Facebook friends. Nevertheless, attacked by "Influenza Quantities" the brains of average readers (and voters) find no defenses to fight the virus.
Today, these people are proud to have the same opinion as 99.99% of the population and if they do not agree with the ideas of the minority, they use as an argument the fact that "they are majority and therefore they are right." Even when "majority" does not speak for anyone: even the Nobel Prize-winner George Bernard Shaw (1856-1950) pointed out that "the minority is sometimes right, but most are always wrong."
By a sort of feverish fallacy, the average (contaminated) reader (and voter) always raves, arguing that quantity counts more than quality and "this is democracy." It is hard to explain to the sufferer that, as the writer and philosopher Albert Camus (1913-1960), another Nobel Prize for literature said, "democracy is not the law of the majority, but the protection of the minority."
But in art the "virus" also manifests itself. Yesterday, Gauguin the alchemist (until January 22, 2018) was inaugurated at the Grand Palais in Paris, which is definitely an exhibition for the general public: a little dark and mysterious, but long, spectacular and didactic. If someone lost Paul Gauguin (1848-1903) by the way, it's the good time to get him back.
However, if in the Beaubourg Center, also in Paris, each show makes the visitor think, here each exhibition has been organized lately just to surprise. The spectacle, touched equally by the "virus", astonishes the spectator by quantification in the place of the qualification. And not because of the number of works, quite the opposite. The most important are missing.
In contrast, the visitor will know how many layers Gauguin paint was on the canvas, how many times he painted on the back of the painting, how many places he visited, how many years he spent in each one, how many materials he used in the ceramics, how many instruments he used to carve the wood , how many diseases she got in her life, how many times she had cases with 13-year-old girls, etc. As if the technical and historical counting and "measurement" were directly related to the master's work, which today would be considered pedophile and recurrent
In fact, this is an anti-criticism and formalist exposition, too closely linked to materials, which explains "how" without saying "why". He does everything to remove us from the aesthetic complexity of Gauguin and also from what his work has of magic and sublime. "Influenza quantitas" attacked firmly: there are three spaces where videos explain quantitatively and how it worked without saying a word about what it did.
At no time did the curators discuss or stimulate the discussion of the plastic qualities of a painter who was a precursor to Picasso. There is also no visual chronology. Only timelines in panels, as if we were browsing Wikipedia. We have discovered the prodigious drawings, canvases, engravings, carved wood panels, polychrome reliefs, pots and glazing. Being easier to get furniture and pots than paintings, there is an exaggeration of them in the exhibition that, thus, becomes extremely tiring.
Until the next one is now and, against this contemporary virus, unfortunately until now there is no treatment!
fonte: @edisonmariotti #edisonmariotti
Cultura não é o que entra pelos olhos e ouvidos,
mas o que modifica o jeito de olhar e ouvir.
A cultura e o amor devem estar juntos.
Vamos compartilhar.
Culture is not what enters the eyes and ears,
but what modifies the way of looking and hearing.
--br
‘Vírus’ contamina a sociedade e a arte.
A sociedade, a política, as redes sociais e até mesmo a arte foram contaminados por um “vírus” nascido dos índices de audiência e do sistema de algoritmos. Trata-se do chamado “Influenza quantitas”, nome provisório que dei a ele, uma vez que este agente infeccioso leva o nosso mundo a ser regido pela “lei do grande número”. Provoca uma doença viral que faz as pessoas perderem, definitiva ou circunstancialmente, a capacidade de discernir quantidade de qualidade.
imagem 1
Ontem (11) inaugurou-se, no Grand Palais em Paris, “Gauguin o alquimista”, exposição igualmente tocada pelo vírus. Feito apenas para surpreender, o espetáculo reúne obras prodigiosas mas privilegia a quantificação em detrimento da qualificação, afastando-nos da complexidade estética do artista.
Sabe-se que os motores de procura dão visibilidade ao que não tem necessariamente superioridade, que páginas pessoais em Internet não indicam importância, que matérias de jornal e programas de televisão não medem qualidade, que as “avaliações” de hotéis, restaurantes, produtos, etc. podem ser mentirosas; que existem fábricas de “curtir” e de “cliques”, que mesmo um perfil falso pode alcançar milhões de seguidores no Twitter ou cinco mil amigos no Facebook. Apesar disso, atacados por “Influenza quantitas” os cérebros dos leitores (e eleitores) médios não encontram defesas para lutar contra o vírus.
Hoje, estas pessoas se orgulham de ter a mesma opinião que 99,99% da população e se acaso discordam das ideias da minoria, usam como argumento o fato de que “são maioria e, portanto, estão certas”. Mesmo quando “ser da maioria” não fala a favor de ninguém: até mesmo o prêmio Nobel de literatura George Bernard Shaw (1856-1950) assinalou que “a minoria às vezes tem razão, mas a maioria está sempre errada.”
Por uma espécie de falácia febril, o leitor (e eleitor) médio, contaminado, sempre delira defendendo que a quantidade conta mais do que a qualidade e “isso é democracia”. Fica difícil explicar para o doente que, como dizia o escritor e filósofo Albert Camus (1913-1960), outro prêmio Nobel de literatura, “democracia não é a lei da maioria, e sim a proteção da minoria”.
Ora, em arte o “vírus” também se manifesta. Ontem inaugurou-se, no Grand Palais, em Paris, “Gauguin o alquimista” (até 22 Janeiro de 2018) que é, decididamente, uma exposição para grande público: um pouco sombria e misteriosa, porém longa, espetacular e didática. Se alguém perdeu Paul Gauguin (1848-1903) pelo caminho, é a boa hora de recuperá-lo.
Porém, se no Centro Beaubourg, também em Paris, cada mostra faz o visitante pensar, aqui cada exposição tem sido organizada ultimamente apenas para surpreender. O espetáculo, tocado igualmente pelo “vírus”, espanta o espectador pela quantificação no lugar da qualificação. E não por causa do número de obras, bem ao contrário. Faltam as mais importantes.
Em contrapartida, o visitante saberá quantas camadas de tinta Gauguin passava sobre a tela, quantas vezes pintava na parte de trás do quadro, quantos lugares visitou, quantos anos passou em cada um, quantas matérias utilizava nas cerâmicas, quantos instrumentos usava para esculpir a madeira, quantas doenças pegou na vida, quantas vezes teve casos com meninas de 13 anos, etc. Como se a contagem e a “medição” técnica e histórica tivessem relação direta com a obra do mestre que, sim, hoje seria considerado pedófilo e recidivista.
Na verdade, esta é uma exposição anticrítica e formalista, ligada demais aos materiais, que explica “como” sem dizer “porque”. Faz tudo para nos afastar da complexidade estética de Gauguin e também do que a sua obra possui de mágico e sublime. “Influenza quantitas” atacou firme: há três espaços onde vídeos explicam quantitativamente e de que forma ele trabalhava sem dizer uma palavra sobre o que fazia.
Em nenhum instante, os curadores discutem ou estimulam a discussão sobre as qualidades plásticas de um pintor que foi precursor em relação a Picasso. Também não há cronologia visual. Apenas cronogramas em painéis, como se estivéssemos consultando Wikipédia. Descobrimos sozinhos os prodigiosos desenhos, telas, gravuras, painéis de madeira esculpida, relevos policromados, vasos e vidros de cerâmica. Sendo mais fácil conseguir móveis e vasos do que pinturas, há um exagero deles na exposição que, assim, torna-se extremamente cansativa.
Até a próxima que agora é hoje e, contra este vírus contemporâneo, infelizmente até agora não há tratamento!
http://cultura.estadao.com.br/blogs/sheila-leirner/virus-contamina-a-sociedade-e-a-arte/
--chines simplificado
“病毒”污染了社会和艺术。
社会,政治,社交网络甚至艺术都被评级和算法系统所引发的“病毒”所污染。它被称为“流感量子”,这是我提供的临时名称,因为这种传染性代理人导致我们的世界受到“大数法”的管辖。它导致病毒性疾病,导致人们明确或间接地丧失辨别质量的能力。
图1
昨天在巴黎大皇宫落幕,“高更炼金术士”,展览也触动了病毒。令人惊讶的是,这个节目汇集了巨大的作品,但特权的量化对资格的损害,远离艺术家的审美复杂性。
众所周知,搜索引擎可以了解不一定具有优势的因素,互联网上的个人页面不表示重要性,报纸文章和电视节目不能衡量品质,酒店,餐馆,产品,等等他们可以是骗子;有“喜欢”和“点击”工厂,甚至一个假的配置文件可以在Twitter上达到数以百万计的追随者或Facebook上的五千个朋友。然而,受“流感量”攻击,普通读者(和选民)的大脑没有发现防御病毒。
今天,这些人自豪地拥有99.99%的人口相同的意见,如果他们不同意少数民族的想法,他们就以“他们是大多数,因此是对的”为例。即使诺贝尔奖获得者乔治·伯纳德·肖(1856-1950)也指出:“少数人有时是正确的,但大多数人总是错误的。”
平均(受污染)的读者(和选民)总是狂热,认为数量超过质量,“这是民主”。难以向患者解释,正如作家和哲学家阿尔伯特·卡穆斯(1913-1960)所说,另一个诺贝尔文学奖表示,“民主不是多数的法律,而是少数民族的保护”。
但在艺术中,“病毒”也表现在自己身上。昨天,炼金术士高士(直到2018年1月22日)在巴黎的大皇宫落成,绝对是一个公众的展览:有点黑暗和神秘,但长而壮观,教诲。如果有人失去了保罗·高更(1848-1903)的话,那是回到他的好时机。
不过,如果在博巴中心也在巴黎,每个展会都让访客思考,这里每个展览都组织起来,最近才惊喜。 “病毒”平等地触动了这个奇观,令观众在资格的地方量化。而不是因为作品的数量,恰恰相反。最重要的是失踪。
相比之下,访客将知道画布上画高斯画几层,画面背后画了多少次,访问了多少个地方,他每年花多少年,在陶瓷中使用了多少材料,他用来雕刻木头的仪器有多少她生命中有多少疾病,她有13岁女孩的病例等等。好像技术和历史计数和“测量”与硕士工作直接相关,今天将被视为恋童癖和反复发作。
事实上,这是一个反批评和形式主义的博览会,与材料有密切的联系,这就解释了“如何”,而不是说“为什么”。他做了一切,把我们从高贵的审美复杂性,以及他的工作所具有的魔法和崇高。 “流感量子”牢牢地攻击:视频解释有三个空间,它们的作用如何,而不用说一下它的作用。
策展人在任何时候都不讨论或刺激对毕加索前身的画家的塑性质量的讨论。还没有视觉年表。在面板中只有时间表,好像我们正在浏览维基百科。我们发现了巨大的绘画,画布,雕刻,雕刻木板,彩色浮雕,花盆和玻璃。比起绘画更容易得到家具和花盆,在展览中夸大他们,因此变得非常累。
直到下一个是现在,而不是这种现代病毒,直到现在还没有治疗!
http://cultura.estadao.com.br/blogs/sheila-leirner/virus-contamina-a-sociedade-e-a-arte/
--arabe
"الفيروسات" تلوث المجتمع والفن.
المجتمع والسياسة والشبكات الاجتماعية وحتى الفن ملوثة من قبل "فيروس" ولدت من تصنيفات الجمهور وخوارزميات النظام. ويطلق عليه اسم "إنفلونزا كوانتيتاس"، وهو الاسم المؤقت الذي أعطيته له، لأن هذا العامل المعدوي يقود عالمنا إلى أن يحكمه "قانون الأعداد الكبيرة". وهو يسبب مرضا فيروسي يؤدي إلى فقدان الناس، بشكل نهائي أو ظرفي، والقدرة على تمييز كمية من الجودة.
الصورة 1
تم افتتاح يوم أمس، في القصر الكبير في باريس، "غوغين الخيميائي"، وتطرق المعرض أيضا من قبل الفيروس. جعل فقط لمفاجأة، ويجمع المعرض بين الأعمال المذهلة ولكن امتيازات التقدير الكمي على حساب المؤهل، بعيدا عن التعقيد الجمالي للفنان.
ومن المعروف أن محركات البحث تعطي الضوء على ما ليس بالضرورة أن التفوق الانترنت صفحات شخصية لا تشير إلى أهمية ومقالات من الصحف والبرامج التلفزيونية لا تقيس جودة، و "نقد" للفنادق والمطاعم والمنتجات، إلخ فإنها يمكن أن تكون كاذبة. أن هناك "يحب" و "انقر" المصانع، أنه حتى ملف تعريف وهمية يمكن أن تصل إلى الملايين من أتباع التغريد أو خمسة آلاف الأصدقاء الفيسبوك. ومع ذلك، فإن أدمغة القراء العاديين (والناخبين) لا تجد دفاعات لمحاربة الفيروس.
اليوم، هؤلاء الناس هم نفخر بأن لدينا نفس الرأي أن 99.99٪ من السكان وعشوائية نختلف مع أفكار أقلية، وذلك باستخدام كحجة حقيقة أن "هي الأكثر وبالتالي على حق." حتى عندما "يتم الأكثر" لا يتكلم باسم أي شخص: وأشار وحتى جائزة نوبل للأدب جورج برنارد شو (1856-1950) إلى أن "أقلية الحق في بعض الأحيان، ولكن الأغلبية دائما على خطأ."
من خلال نوع من المغالطة المحمومة، المتوسط (الملوث) القارئ (والناخب) دائما يهتف، بحجة أن كمية التهم أكثر من الجودة و "هذه هي الديمقراطية". فمن الصعب أن أشرح للمريض ذلك، كما قال لي الكاتب والفيلسوف ألبير كامو (1913-1960)، جائزة نوبل للأدب آخر، "الديمقراطية ليست هي قانون الأغلبية، ولكن حماية الأقلية".
ولكن في الفن "الفيروس" يتجلى أيضا. افتتح أمس في القصر الكبير في باريس، "الخيميائي غوغان" (حتى 22 يناير 2018) الذي هو بالتأكيد معرضا لعامة الناس: قليلا مظلمة وغامضة، ولكن منذ فترة طويلة، مذهلة وتعليمية. إذا فقد أحدهم بول غوغان (1848-1903) بالمناسبة، فقد حان الوقت للحصول على إعادته.
ومع ذلك، إذا كان في مركز بيوبورغ، وأيضا في باريس، كل عرض يجعل الزائر يفكر، هنا تم تنظيم كل معرض في الآونة الأخيرة لمجرد مفاجأة. مشهد، لمست على قدم المساواة من قبل "فيروس"، يذهل المتفرج عن طريق القياس الكمي في مكان التأهيل. وليس بسبب عدد من الأعمال، تماما العكس. أهمها مفقود.
في المقابل، فإن الزائر نعرف كم عدد طبقات من الطلاء غوغان قضى على الشاشة، عدد المرات التي رسمت على الجزء الخلفي من الصورة، وكيف زار العديد من الأماكن، كم عدد السنوات التي قضيت في كل منهما، وكم المواد المستخدمة في السيراميك، وكم الأدوات المستخدمة لنحت الخشب ، كم من الأمراض التي حصلت عليها في حياتها، كم مرة كانت لديها حالات مع الفتيات البالغات من العمر 13 عاما، الخ. وكما لو أن العد التقني والتاريخي و "القياس" مرتبطان ارتباطا مباشرا بعمل الماجستير، الذي يعتبر اليوم مرتكبا جنسيا ومتكررا.
في الواقع، هذا هو معرض النقد والنقدية، ترتبط ارتباطا وثيقا جدا بالمواد، وهو ما يفسر "كيف" دون أن يقول "لماذا". انه يفعل كل شيء لإزالة لنا من التعقيد الجمالي من غوغين وأيضا من ما لديه عمله من السحر وسامية. هاجم "إنفلونزا كوانتيتاس" بشدة: هناك ثلاث مساحات حيث تشرح مقاطع الفيديو كميا وكيف عملت دون أن تقول كلمة عما فعلته.
في أي وقت لم يناقش القيمون أو يحفزون مناقشة الصفات البلاستيكية للرسام الذي كان مقدمة لبيكاسو. ليس هناك أيضا التسلسل الزمني البصرية. فقط الجداول الزمنية في لوحات، كما لو كنا تصفح ويكيبيديا. لقد اكتشفنا الرسومات المذهلة، اللوحات، النقوش، الألواح الخشبية المنحوتة، النقوش متعددة الألوان، الأواني والزجاج. كونها أسهل للحصول على الأثاث والأواني من اللوحات، وهناك مبالغة منهم في المعرض الذي، وبالتالي، يصبح متعبا للغاية.
حتى واحد القادم هو الآن، ضد هذا الفيروس المعاصر، للأسف حتى الآن لا يوجد علاج!
http://cultura.estadao.com.br/blogs/sheila-leirner/virus-contamina-a-sociedade-e-a-arte/
Nenhum comentário:
Postar um comentário