Coordinator of the interior design department of the Marangoni Institute, Italian came to Rio de Janeiro, Brazil to give a workshop on the theme at CasaShopping.
Marcella Bricchi
"I am an interior designer, teacher and coordinator of the Marangoni Institute in Milan, Italy. I'm Italian, from Oltrepò, I graduated from the institute, but I worked for 20 years in the American market as a fashion designer. I believe these two worlds are complementary and speak the same language. "
Tell me something I do not know.
In Italian, "abito" means to dress and "abitar", to inhabit. The two words derive from the same Latin radical, which means to be inside. If "abito" is our second skin, our clothes, "abito" is the third skin. We must intervene in this space with all the important elements in life, with memories, memories, journeys, our whole history. Our houses are our skins, they must be covered in our lives.
How can the designer capture this very personal essence of the customer?
That's a beautiful question. I worry about that a lot. As a designer, I work with two architects, who take care of the technical part. I take care of interviewing the client, understanding their needs, lifestyle and tastes. He must tell his story, and then the interior designer must create a home that recounts this story. In this way, the customer is the protagonist. This is a revolution, it is very innovative.
If customization is important, why is minimalist white still so present?
This year, during Design Week in Milan, white was a very strong theme. However, much more was present in decorative objects. There are now many colors inside. More than colors, there are decorations, such as wallpapers that recreate jungles, woods and gardens, and others that are interactive, in led. White leaves the scene on the walls. Light becomes an important component. They are both poetic and sensory techniques, interactive installations that create emotion in the viewer.
But can you guarantee aesthetics within this mix?
The glamor is given by the excellence of materials, beautiful shapes, fabrics and finishes. The new luxury is the awareness of the sustainability and the identity of the country itself. The product should bring excellence and the most important characteristics of the country, in a mix of originality and creativity, with technology. It is to translate the genius loci (spirit of place) in a "glocal", global and local way. In Brazil, Sérgio J. Matos does this very well. It's like visiting the country's identity, local tradition, folklore.
Sustainability and design go together?
Sustainability is looking to the future. In architecture we have many examples of abandoned spaces that are revisited, reinterpreted. It is a way to respect, reuse, recover, recycle. There are incredible things like that, especially in fashion. Salvatore Ferragamo presented a capsule collection that uses fiber extracted from orange. With this thread, similar to silk, Ferragamo designed a poetic collection, which evokes Sicily. It's a new recycling system and it's a very strong message.
Is this sustainable bias a customer demand?
It's not exactly a request, but they are aware that something has changed. It is up to the designer to sensitize the customer in this direction, to present products that delight and have sustainable content.
Cultura não é o que entra pelos olhos e ouvidos,
mas o que modifica o jeito de olhar e ouvir.
A cultura e o amor devem estar juntos.
Vamos compartilhar.
Culture is not what enters the eyes and ears,
but what modifies the way of looking and hearing.
--br
Marcella Bricchi, designer: "O novo luxo é a consciência da sustentabilidade".
Coordenadora do departamento de design de interiores do Instituto Marangoni, italiana veio ao Rio de Janeiro, Brasil para ministrar workshop sobre o tema no CasaShopping.
“Sou designer de interiores, professora e coordenadora do Instituto Marangoni, em Milão, na Itália. Sou italiana, de Oltrepò, me formei no próprio instituto, mas trabalhei por 20 anos no mercado americano como designer de moda. Acredito que estes dois mundos são complementares e falam a mesma língua.”
Conte algo que não sei.
Em italiano, “abito” significa vestir e “abitar”, habitar. As duas palavras derivam do mesmo radical latino, que significa estar dentro. Se “abito” é a nossa segunda pele, nossa roupa, “abitar” é a terceira pele. Devemos intervir neste espaço com todos os elementos importantes na vida, com memórias, lembranças, viagens, toda nossa história. Nossas casas são nossas peles, devem estar cobertas de nossas vidas.
Como o designer é capaz de captar essa essência tão pessoal do cliente?
É uma bela pergunta. Eu me preocupo muito com isso. Como designer, trabalho com duas arquitetas, que tomam conta da parte técnica. Eu me ocupo de entrevistar o cliente, entender suas necessidades, estilo de vida e gostos. Ele deve contar sua história e, depois, o designer de interiores deve criar uma casa que reconte essa história. Desta forma, o cliente é o protagonista. Isso é uma revolução, é muito inovador.
Se a personalização é importante, por que o branco minimalista ainda é tão presente?
Este ano, durante a Semana de Design, em Milão, o branco foi um tema muito forte. No entanto, estava presente muito mais em objetos de decoração. Há, agora, muitas cores no interior. Mais do que cores, há decoração, como papéis de parede que recriam selvas, bosques e jardins, e outros que são interativos, em led. O branco sai de cena nas paredes. A luz se torna um componente importante. São técnicas ao mesmo tempo poéticas e sensoriais, instalações interativas que criam emoção no espectador.
Mas dá para garantir estética dentro desta mistura?
O glamour se dá pela excelência dos materiais, das formas belas, dos tecidos e dos acabamentos. O novo luxo é a consciência da sustentabilidade e da identidade do próprio país. O produto deve trazer a excelência e as características mais importantes do país, num mix de originalidade e criatividade, com tecnologia. É traduzir o genius loci (espírito do lugar) de forma “glocal”, global e local. No Brasil, Sérgio J. Matos faz isso muito bem. É como visitar a identidade do país, a tradição local, o folclore.
Sustentabilidade e design andam juntos?
Sustentabilidade é olhar para o futuro. Na arquitetura temos muitos exemplos de espaços abandonados que são revisitados, reinterpretados. É uma forma de respeitar, reutilizar, recuperar, reciclar. Surgem coisas incríveis assim, sobretudo na moda. Salvatore Ferragamo apresentou uma coleção cápsula que usa fibra extraída da laranja. Com esse fio, parecido com a seda, Ferragamo projetou uma coleção poética, que evoca a Sicília. É um novo sistema de reciclagem e é uma mensagem muito forte.
Esse viés sustentável é uma demanda dos clientes?
Não é exatamente um pedido, mas eles estão conscientes de que algo mudou. Cabe ao designer sensibilizar o cliente nesta direção, apresentar produtos que encantem e tenham conteúdo sustentável.
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